O Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou, nesta quarta-feira (27/03/2025), cinco pessoas por envolvimento na simulação de um atentado contra José Aprígio da Silva (Podemos), então prefeito e candidato à reeleição em Taboão da Serra (SP). O ataque ocorreu às vésperas das eleições de 2024, na Rodovia Régis Bittencourt, quando o político retornava de um compromisso de campanha.
Investigação e denúncia do Ministério Público
De acordo com o MPSP, o atentado foi planejado para gerar impacto eleitoral e influenciar o resultado das eleições. A denúncia, apresentada pelo promotor Juliano Atoji, indica que os investigados se reuniram a mando de pessoas ligadas ao grupo político do então prefeito para forjar um atentado e impulsionar sua candidatura.
A investigação apontou que o grupo recebeu a promessa de R$ 500 mil para executar o plano. Três dos denunciados teriam participado diretamente da ação, enquanto dois atuaram como intermediários. Se a denúncia for aceita pela Justiça, os três executores responderão por quatro tentativas de homicídio com dolo eventual, além dos crimes de incêndio e adulteração de sinal identificador de veículo. Os dois intermediários poderão ser processados pelas tentativas de homicídio com dolo eventual.
Execução do plano e uso de armamento pesado
No dia e local combinados, os envolvidos utilizaram um veículo com placas, chassi e motor adulterados para alcançar o carro onde estavam José Aprígio e outras três pessoas, incluindo um secretário municipal. O ataque foi realizado com um fuzil AK-47, adquirido dias antes por R$ 85 mil.
Embora o veículo fosse blindado, dois disparos transfixaram a proteção e atingiram o então prefeito no braço esquerdo e na clavícula esquerda. Após os disparos, os autores fugiram e incendiaram o automóvel utilizado na ação.
Segundo a denúncia, os investigados “assumiram o risco de ceifar a vida das quatro vítimas, uma vez que tinham conhecimento da potência das armas utilizadas, do local da execução e das características do veículo que transportava os alvos”.
O promotor apontou ainda que os crimes foram qualificados por dificultar a defesa das vítimas, pelo uso de armamento de alto poder destrutivo e pela criação de risco à segurança pública.
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