O Ministério Público da Bahia (MPBA) e a Secretaria de Segurança Pública (SSP) deflagraram, na manhã desta sexta-feira (14/03/2025), a Operação Ruídos, para cumprir sete mandados de busca e apreensão contra quatro policiais militares investigados por homicídio e fraude processual. A ação contou com o apoio do Ministério Público de Sergipe (MPSE).
Contexto da Operação
A investigação aponta que os policiais estão envolvidos na morte de João dos Anjos Cardoso, ocorrida em 14 de março de 2023, no município baiano de Lamarão. O caso, inicialmente registrado como intervenção policial durante confronto armado, está sendo reavaliado devido a indícios de que a vítima teria sido executada dentro de sua residência, sem mandado judicial. Há suspeitas de que, após a execução, os agentes teriam modificado a cena do crime.
Ações de Busca e Apreensão
Os mandados judiciais, expedidos pela Vara Crime da Comarca de Santa Bárbara, foram cumpridos em diferentes cidades:
- Bahia: Feira de Santana, Itapicuru, Conceição do Coité, Ribeira do Pombal, Nazaré e Juazeiro;
- Sergipe: Aracaju.
As buscas foram realizadas tanto em residências particulares dos investigados quanto nas sedes da Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe) Nordeste, em Ribeira do Pombal, e da 3ª Companhia Independente de Policiamento Militar (CIPM), em Nazaré. Durante a operação, foram apreendidos celulares, armas de fogo, documentos e munições, que serão encaminhados para perícia técnica.
Participação de Forças de Segurança
A operação foi coordenada pelo Grupo Especial de Operações Especiais (Geosp) e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), unidades da capital e da região Norte do MPBA. Também participaram da investigação:
- Força Correcional Especial Integrada da Corregedoria Geral (Force);
- Corregedoria da Polícia Militar do Estado da Bahia;
- Gaeco do Ministério Público de Sergipe (MPSE).
Desdobramentos do Caso
Os elementos colhidos até o momento apontam que os quatro policiais podem ter praticado tortura contra a vítima antes da execução. A investigação também busca esclarecer se houve envolvimento de outros agentes e possíveis tentativas de encobrir o crime por meio de alteração de provas.
O MPBA segue analisando os materiais apreendidos e poderá solicitar novas medidas judiciais conforme o avanço das apurações. Os policiais envolvidos podem responder por homicídio qualificado, tortura e fraude processual, com penas que podem ultrapassar 30 anos de reclusão.
Share this:
- Click to print (Opens in new window) Print
- Click to email a link to a friend (Opens in new window) Email
- Click to share on X (Opens in new window) X
- Click to share on LinkedIn (Opens in new window) LinkedIn
- Click to share on Facebook (Opens in new window) Facebook
- Click to share on WhatsApp (Opens in new window) WhatsApp
- Click to share on Telegram (Opens in new window) Telegram
Relacionado
Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)
Subscribe to get the latest posts sent to your email.




