O presidente Donald Trump declarou nesta terça-feira (04/03/2025) ao Congresso que “a América está de volta”, destacando mudanças na política externa, tarifas comerciais e cortes na administração pública em seis semanas de governo. O pronunciamento gerou reações adversas, incluindo vaias e protestos de democratas.
O discurso de 100 minutos ocorreu após um período de instabilidade nos mercados financeiros, motivado pela imposição de novas tarifas sobre o México, o Canadá e a China. Além disso, Trump suspendeu o envio de ajuda militar à Ucrânia, provocando preocupação entre líderes europeus. A medida afeta a estratégia de defesa de Kiev contra a Rússia, que iniciou uma invasão em grande escala há três anos.
Trump abordou a política externa de forma breve, sugerindo um possível acordo de minerais com a Ucrânia, apesar das tensões recentes. Ele também mencionou conversas com a Rússia sobre um possível acordo de paz, sem apresentar detalhes.
Durante seu discurso, Trump também fez referência ao Brasil, afirmando que deseja fortalecer os laços comerciais com o país.
“O Brasil é um parceiro importante dos Estados Unidos, e queremos ampliar nossos laços econômicos. No entanto, as relações devem ser equilibradas, e estamos analisando de perto a questão das tarifas e do comércio bilateral para garantir condições justas para ambos os lados”, declarou Trump.
Disputa Partidária Durante o Discurso
O discurso foi marcado por fortes reações dos democratas, que exibiram cartazes e abandonaram o plenário. Trump criticou seus opositores e reiterou promessas de campanha, como o combate à criminalidade e a restrição a direitos LGBTQIA+.
Na resposta democrata, a senadora Elissa Slotkin afirmou que as ações de Trump comprometem a liderança global dos EUA. Ela comparou sua política externa desfavoravelmente à abordagem do ex-presidente Ronald Reagan durante a Guerra Fria.
Impacto Econômico e Tarifas Comerciais
Trump anunciou a ampliação das tarifas recíprocas a partir de 2 de abril, afetando economias globais. As tarifas de 25% sobre produtos mexicanos e canadenses e de 10% sobre bens chineses contribuíram para a queda do Nasdaq Composite em 9% desde dezembro.
Apesar disso, o presidente elogiou Elon Musk e sua colaboração na “eficiência governamental”, atribuindo a ele a identificação de supostas fraudes financeiras. Musk, presente no evento, foi ovacionado pelos republicanos.
Propostas Tributárias e Orçamentárias
Trump propôs um plano de US$ 4,5 trilhões para cortes de impostos, reforço da segurança na fronteira e ampliação das deportações. Especialistas alertam que essas medidas podem adicionar US$ 5 trilhões à dívida federal, atualmente em US$ 36 trilhões.
A proposta republicana também prevê cortes de US$ 2 trilhões em gastos públicos, afetando setores como educação e saúde. Segundo o Comitê para um Orçamento Federal Responsável, a agenda tributária pode custar entre US$ 5 trilhões e US$ 11,2 trilhões ao longo de uma década.
Política Externa
- Suspensão da ajuda militar à Ucrânia, impactando a defesa contra a Rússia.
- Possível acordo de minerais com a Ucrânia em meio a tensões diplomáticas.
- Conversas com a Rússia sobre um acordo de paz, sem detalhes específicos.
- Menção ao Brasil, destacando a intenção de fortalecer os laços comerciais, mas com foco em equilíbrio nas tarifas.
Disputa Política
- Discurso de 100 minutos, um dos mais longos na história recente.
- Democratas protestaram com cartazes e abandonaram o plenário.
- Trump reiterou promessas de campanha, incluindo combate à criminalidade e restrições a direitos LGBTQIA+.
- Resposta da senadora Elissa Slotkin, criticando a postura internacional de Trump e comparando-a negativamente à de Ronald Reagan.
Economia e Comércio
- Anúncio de tarifas recíprocas a partir de 2 de abril.
- 25% de tarifas sobre produtos do México e do Canadá.
- 10% de tarifas sobre importações chinesas.
- Queda de 9% no Nasdaq Composite desde dezembro.
- Elogios a Elon Musk por sua colaboração na eficiência governamental.
Orçamento e Política Fiscal
- Plano de US$ 4,5 trilhões para cortes de impostos, reforço da segurança na fronteira e ampliação das deportações.
- Possível aumento de US$ 5 trilhões na dívida federal, que já é de US$ 36 trilhões.
- Cortes de US$ 2 trilhões em gastos públicos, afetando setores como educação e saúde.
- Estimativa de impacto entre US$ 5 trilhões e US$ 11,2 trilhões ao longo de uma década, segundo o Comitê para um Orçamento Federal Responsável.
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