O presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou nesta quinta-feira (13/03/2025) que o país apoia, em princípio, a proposta dos Estados Unidos para um cessar-fogo na Ucrânia, mas ressaltou que a iniciativa precisa abordar as causas profundas do conflito. Segundo Putin, há diversos detalhes que precisam ser ajustados antes que um acordo seja efetivado.
Desde a invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022, o conflito resultou em centenas de milhares de mortos e feridos, além de deslocar milhões de pessoas. As cidades afetadas sofreram grande destruição, intensificando a tensão entre Moscou e o Ocidente.
O líder russo afirmou que a cessação das hostilidades precisa garantir uma paz duradoura e eliminar as causas originais da crise. Em declaração no Kremlin, após encontro com o presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, Putin destacou que a Rússia “concorda com a proposta em sua essência”, mas alerta para a necessidade de ajustes.
Reações dos Estados Unidos e da Ucrânia
O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que a resposta russa foi promissora e que espera que Moscou “faça a coisa certa”. Trump enviou seu emissário especial, Steve Witkoff, a Moscou para negociações, com o objetivo de determinar se a Rússia está disposta a chegar a um acordo.
Por outro lado, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, declarou que Putin pretende rejeitar a proposta, mas hesita em revelá-lo publicamente. Em discurso, Zelenskiy afirmou que Moscou impõe condições que podem atrasar indefinidamente a negociação, permitindo avanços militares russos em território ucraniano.
Pontos de impasse nas negociações
Dentre os principais desafios para um acordo de cessar-fogo, estão:
- Garantias de que a Ucrânia não utilizará a trégua para se rearmar;
- Controle efetivo sobre a implementação do cessar-fogo;
- Reivindicação territorial russa sobre regiões ocupadas;
- Condicionamento do apoio militar dos EUA à Ucrânia à obtenção de recursos minerais.
Impacto no Cenário Internacional
Aposição de Putin e as condições estabelecidas pela Rússia podem prolongar as negociações e afetar a estabilidade da região. A União Europeia e a OTAN continuam apoiando a Ucrânia, mantendo sanções econômicas contra Moscou.
Os bancos russos ainda enfrentam restrições de acesso ao sistema financeiro global, enquanto os EUA analisam a possibilidade de aliviar sanções caso a Rússia avance nas negociações.
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