Salvador ocupa a 9ª posição entre os centros de gestão do território no Brasil, segundo IBGE

O estudo "Gestão do Território 2024", do IBGE, mostra que Salvador é o 9º maior centro de gestão territorial do Brasil e o 3º do Nordeste, com destaque na articulação institucional e empresarial. Apesar de manter posição relevante na gestão pública, a capital baiana perdeu espaço no eixo empresarial, sendo superada por Fortaleza. Mais da metade dos municípios baianos não possuem qualquer centralidade de gestão.
Salvador está entre os principais polos de comando e articulação de instituições públicas e empresas multilocalizadas do país, segundo o estudo “Gestão do Território 2024”, do IBGE.

Nesta terça-feira (26/03/2024), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados da segunda edição do estudo “Gestão do Território“, revelando que Salvador ocupa a 9ª posição entre os centros de gestão mais relevantes do país e o 3º lugar na região Nordeste, atrás apenas de Recife e Fortaleza.

O levantamento classifica os municípios com maior centralidade de comando e articulação institucional, considerando a presença simultânea de unidades de empresas multilocalizadas e entidades públicas federais e estaduais descentralizadas. O estudo, baseado em dados de 2021, identifica 2.176 municípios brasileiros (39,1% dos 5.570) com algum nível de centralidade de gestão territorial.

Centralidade nacional: Salvador entre as 10 principais cidades do Brasil

São Paulo/SP, Brasília/DF e Rio de Janeiro/RJ lideram o ranking geral como os maiores centros de gestão do território. Salvador, por sua vez, compõe o segundo nível de centralidade (classe 2), ao lado de Belo Horizonte/MG, Porto Alegre/RS, Curitiba/PR, Recife/PE e Fortaleza/CE.

O índice de centralidade é dividido em dois eixos analíticos:

  • Gestão empresarial, com base nas relações entre sedes e filiais de empresas multilocalizadas;

  • Gestão pública, considerando a presença de instituições federais e estaduais.

Salvador registrou o 12º maior índice de intensidade das ligações empresariais e o 9º maior índice de centralidade da gestão pública no Brasil.

Gestão empresarial: Salvador perde posições em relação à última década

Na análise empresarial, Salvador aparece na 3ª classe de centralidade, atrás de cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Fortaleza, Campinas, Barueri, Recife e Goiânia. A capital baiana ficou na 12ª posição nacional, superando cidades como Osasco, Guarulhos e Itajaí.

Em 2014, Salvador ocupava a 9ª posição nacional e a 2ª no Nordeste, sendo superada apenas por Recife. Em 2024, caiu para o 12º lugar nacional e 3º no Nordeste, ultrapassada por Fortaleza. A mudança reflete uma redução relativa na intensidade das interações corporativas da capital baiana, segundo os dados do Cadastro Central de Empresas (CEMPRE/IBGE).

Gestão pública: Salvador mantém posição de destaque nacional

No eixo da gestão pública, Salvador figura no terceiro nível de centralidade, em conjunto com cidades como Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza e Belém. A capital baiana ficou na 9ª posição nacional, mantendo o destaque na articulação institucional no território nacional.

O índice considera a presença de estruturas como INSS, Justiça Federal, Eleitoral e do Trabalho, Receita Federal, IBGE e os sistemas estaduais de saúde e educação, integrando o papel organizador do Estado sobre o território.

Bahia tem maioria dos municípios sem centralidade de gestão

Em 2024, 227 dos 417 municípios baianos (54,4%) não apresentavam nenhum nível de centralidade territorial, ou seja, não possuíam unidades de empresas multilocalizadas nem entidades públicas descentralizadas. Trata-se de um índice inferior à média nacional, onde 60,9% dos municípios brasileiros não se qualificavam como centros de gestão.

Em relação a 2014, houve uma ligeira redução no número de municípios baianos sem centralidade: eram 239, ou 57,3% do total.

Maiores centros de gestão da Bahia após Salvador

Depois da capital, os principais centros de gestão no estado são, por ordem de importância:

  1. Feira de Santana

  2. Vitória da Conquista

  3. Juazeiro

  4. Camaçari

Na gestão empresarial, Salvador é seguida por Feira de Santana, Lauro de Freitas, Camaçari e Vitória da Conquista. Já no âmbito da gestão pública, aparecem Vitória da Conquista, Juazeiro e Barreiras como os mais estruturados.


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