Segunda-feira (21/04/2025) – O falecimento do Papa Francisco, confirmado pelo Vaticano às 7h35 da manhã (horário local), provocou uma onda de reações por parte de líderes mundiais e instituições internacionais. O pontífice, que liderava a Igreja Católica desde 2013, faleceu aos 88 anos após enfrentar sérios problemas de saúde, incluindo uma longa internação por pneumonia bilateral.
Reações de líderes europeus e instituições multilaterais
Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, destacou o “amor puro pelos mais necessitados” e o senso de justiça do pontífice, ressaltando seu alcance que extrapolava os limites da Igreja Católica.
Emmanuel Macron, presidente da França, afirmou que o Papa “sempre esteve ao lado dos vulneráveis e frágeis”, enquanto a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni declarou que “um grande homem nos deixou”, exaltando os conselhos e ensinamentos do papa.
Pedro Sánchez, primeiro-ministro da Espanha, elogiou o compromisso do pontífice com a paz e a justiça social, enquanto Friederich Merz, futuro chanceler da Alemanha, sublinhou a humildade e fé como traços centrais da personalidade de Francisco.
Tributos simbólicos e homenagens públicas
Em Paris, a prefeita Anne Hidalgo anunciou que as luzes da Torre Eiffel permaneceriam apagadas em homenagem ao papa, além de propor a nomeação de um espaço público em sua memória. A iniciativa foi acompanhada de elogios ao seu compromisso com causas sociais e ambientais.
Reações do Oriente Médio, Ásia e África
O presidente de Israel, Isaac Herzog, destacou o papel do papa no fortalecimento do diálogo entre religiões, especialmente com o judaísmo. Já o Irã, por meio do porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, prestou condolências aos cristãos, evidenciando os laços diplomáticos com o Vaticano.
O presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sissi, classificou o papa como “uma figura global excepcional”, defensor da causa palestina e promotor da paz entre os povos. Representantes do Hamas e da Autoridade Palestina também lamentaram a perda, destacando a solidariedade do pontífice com Gaza e com os refugiados.
No Líbano, o presidente Joseph Aoun lembrou os frequentes apelos do papa para apoio internacional ao país, ressaltando seu compromisso com a diversidade e a estabilidade da nação libanesa.
Taiwan, Vaticano e a influência global
Taiwan, um dos poucos Estados reconhecidos oficialmente pelo Vaticano, expressou respeito à figura do pontífice e sua atuação em favor da paz global. O governo local destacou o impacto da mensagem de Francisco para além do universo católico.
Legado do pontificado: inclusão, diálogo e meio ambiente
Jorge Mario Bergoglio, arcebispo de Buenos Aires, assumiu o pontificado em 2013 como o primeiro papa latino-americano, o primeiro jesuíta e o primeiro do hemisfério sul. Desde o início, promoveu uma agenda voltada à inclusão, à descentralização da Igreja e ao acolhimento dos mais pobres.
Francisco percorreu territórios historicamente negligenciados por outros papas, como Lesbos, Papua-Nova Guiné, República Centro-Africana e Mianmar, simbolizando uma abertura missionária e humanitária da Igreja.
Internamente, conduziu reformas administrativas na Cúria Romana, enfrentou resistência de setores conservadores e buscou ampliar a participação das mulheres, embora sem mudanças estruturais quanto à ordenação feminina.
Enfrentamento de crises e defesa ambiental
Francisco buscou restaurar a credibilidade da Igreja em meio a escândalos financeiros e sexuais. Embora tenha promovido medidas de conscientização e escuta às vítimas, houve críticas sobre a efetividade prática das ações.
Na esfera ambiental, a encíclica Laudato Si (2015) consolidou o papa como voz de referência sobre mudanças climáticas e preservação da “Casa Comum”, sendo um marco na doutrina social da Igreja.
Jornada no Brasil e resposta à crise católica
Durante a Jornada Mundial da Juventude de 2013, realizada no Rio de Janeiro, o papa mobilizou milhões de jovens e incentivou o engajamento cristão em questões sociais. O evento ocorreu em meio a protestos nacionais e queda no número de católicos no país, ressaltando os desafios contemporâneos à fé.
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