PF e CGU miram organização criminosa na Terceira Fase da Operação Overclean; Desvios ultrapassam milhões de reais

A terceira fase da Operação Overclean, deflagrada nesta quinta-feira (03/04/2025), tem como foco a desarticulação de uma organização criminosa que teria movimentado R$ 1,4 bilhão em fraudes com recursos públicos. A ação conjunta da PF e CGU cumpre 16 mandados de busca e uma ordem de afastamento de servidor, atingindo diretamente estruturas do DNOCS na Bahia e outros estados.
PF e CGU realizam 3ª Fase da Operação Overclean contra organização criminosa ligada a desvios de recursos públicos, cujo centro operava na cidade de Salvador. Mandados de busca e ordem de afastamento atingem esquema que teria movimentado R$ 1,4 bilhão em fraudes envolvendo emendas parlamentares e obras superfaturadas.

A Polícia Federal (PF), em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrou nesta quinta-feira (03/04/2025) a terceira fase da Operação Overclean, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa suspeita de fraudes em licitações, desvio de verbas públicas, corrupção e lavagem de dinheiro. A operação cumpre 16 mandados de busca e apreensão e uma ordem de afastamento cautelar de um servidor público de suas funções, conforme determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).

Investigação aponta atuação sistemática em diversos estados

As ações da operação ocorrem simultaneamente nas cidades de Salvador (BA), São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG) e Aracaju (SE). A apuração indica que o núcleo da organização operava junto ao Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), especialmente na Coordenadoria Estadual da Bahia (CEST-BA), embora o esquema também tenha alcançado outros órgãos públicos em diferentes estados.

De acordo com a PF, o grupo criminoso utilizava-se de emendas parlamentares e convênios públicos para direcionar recursos a empresas e pessoas físicas associadas a administrações municipais. O método envolvia superfaturamento de obras e contratos, além de manobras contábeis e administrativas para dissimular a destinação dos recursos.

Esquema teria movimentado R$ 1,4 bilhão

As estimativas preliminares indicam que o montante movimentado pelo grupo criminoso gira em torno de R$ 1,4 bilhão, oriundo de contratos públicos com indícios de fraude e desvio de finalidade. Os contratos sob investigação abrangem obras de infraestrutura custeadas com verbas federais, com evidências de preços manipulados, serviços não executados e empresas de fachada.

Crimes investigados e medidas judiciais

A investigação apura a prática de corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos públicos, lavagem de dinheiro e obstrução da Justiça. A decisão do STF que autorizou os mandados de busca e o afastamento de servidor baseia-se em indícios de continuidade delitiva e da necessidade de preservar a integridade das provas.

A PF e a CGU seguem conduzindo diligências para aprofundar a identificação dos beneficiários finais do esquema, bem como para identificar a cadeia de responsabilidades administrativas e políticas envolvidas na estrutura criminosa.

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