Sucessão papal: os principais cardeais cotados para suceder Francisco

Vaticano, Roma, Itália.
Cardeais de diferentes continentes e correntes ideológicas emergem como possíveis sucessores de Francisco, refletindo os desafios e expectativas da Igreja Católica.

Com o falecimento do Papa Francisco nesta segunda-feira (21/04/2025), aos 88 anos, a Igreja Católica inicia o período de interregno e se prepara para a eleição de seu 267º pontífice. O Colégio de Cardeais, composto por 135 eleitores com menos de 80 anos, se reunirá em conclave nas próximas semanas para escolher o novo líder da Igreja. A composição diversificada do colégio, resultado das nomeações de Francisco, indica uma disputa entre diferentes visões e perfis.

Após a morte do Papa, o camerlengo, atualmente o Cardeal Kevin Farrell, confirma o falecimento e administra o Vaticano durante o período de sede vacante. O funeral é seguido por nove dias de luto (novendiali). O conclave, realizado na Capela Sistina, começa entre 15 e 20 dias após a morte do pontífice. Os cardeais eleitores participam de votações secretas até que um candidato alcance dois terços dos votos. A eleição é anunciada ao público com a fumaça branca e a proclamação “Habemus Papam” .

Principais cardeais cotados para o papado

Cardeal Matteo Zuppi (Itália)

Arcebispo de Bolonha e presidente da Conferência Episcopal Italiana, Zuppi é conhecido por seu envolvimento com a Comunidade de Sant’Egidio e por missões de paz, como sua atuação na Ucrânia . Com 69 anos, é visto como um continuador das reformas de Francisco, embora enfrente críticas por sua proximidade com setores progressistas .

Cardeal Luis Antonio Tagle (Filipinas)

Pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização, Tagle é considerado o “Francisco asiático” por seu carisma e enfoque pastoral. Com 67 anos, sua experiência inclui a liderança da Arquidiocese de Manila e a presidência da Caritas Internationalis . Sua eleição representaria a escolha do primeiro papa asiático.

Cardeal Péter Erdő (Hungria)

Arcebispo de Esztergom-Budapeste e primaz da Hungria, Erdő é um teólogo respeitado, com forte perfil conservador. Aos 72 anos, é visto como um possível candidato de consenso entre os cardeais mais tradicionais .

Cardeal Jean-Claude Hollerich (Luxemburgo)

Arcebispo de Luxemburgo e jesuíta, Hollerich tem 66 anos e é relator-geral do Sínodo sobre a Sinodalidade. Sua experiência missionária no Japão e sua visão progressista o tornam um nome influente entre os cardeais alinhados com as reformas de Francisco .

Cardeal Robert Sarah (Guiné)

Prefeito emérito da Congregação para o Culto Divino, Sarah é conhecido por sua defesa da liturgia tradicional e da doutrina ortodoxa. Com 79 anos, representa o setor conservador da Igreja, embora sua idade possa ser um fator limitante .

Outros nomes em consideração

  • Cardeal Pietro Parolin (Itália): Secretário de Estado do Vaticano, com ampla experiência diplomática, incluindo negociações com a China .

  • Cardeal Peter Turkson (Gana): Ex-prefeito do Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral, conhecido por seu trabalho em justiça social. Com 76 anos, sua eleição marcaria o primeiro papa africano em séculos .

  • Cardeal Juan José Omella (Espanha): Arcebispo de Barcelona, alinhado com as reformas de Francisco, mas envolvido em controvérsias relacionadas a investigações de abusos .

Expectativas para o novo pontificado

A escolha do próximo papa terá impacto significativo na direção da Igreja Católica. Questões como a continuidade das reformas de Francisco, a abordagem sobre temas sociais e morais e a representação geográfica e cultural estarão em jogo. A eleição poderá sinalizar uma reafirmação das mudanças recentes ou um retorno a posturas mais tradicionais.

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