A Voepass Linhas Aéreas entrou com um pedido de recuperação judicial para reestruturar suas finanças e fortalecer sua estrutura de capital. O pedido foi protocolado no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo no dia 22 de abril de 2025 e confirmado pela corte. A medida visa reorganizar a situação financeira da empresa e garantir a continuidade de suas operações.
Segundo o CEO da companhia, José Luiz Felício Filho, a recuperação judicial é a única alternativa diante do cenário enfrentado pela empresa. Ele afirmou em nota que a medida é necessária para garantir que a Voepass continue a oferecer serviços essenciais para o desenvolvimento do Brasil. Esta é a segunda vez que a empresa solicita recuperação judicial, sendo a primeira entre 2012 e 2017, período durante o qual conseguiu reestruturar suas finanças e operar com sucesso, transportando mais de 2,7 milhões de passageiros nos últimos três anos.
Caso o pedido seja aceito, todos os passivos da Voepass serão congelados e negociados com base em um plano que será elaborado para atender a todos os credores. A companhia explicou que esta iniciativa faz parte de um processo contínuo de reestruturação financeira iniciado em fevereiro de 2025, com o objetivo de garantir sustentabilidade financeira e retomar o compromisso de conectar o interior do Brasil aos grandes centros urbanos.
No entanto, o pedido de recuperação judicial não abrange os processos indenizatórios relacionados ao acidente aéreo ocorrido em agosto de 2024, em Vinhedo, São Paulo, no qual 62 pessoas morreram. A empresa esclareceu que esses processos estão sendo tratados diretamente pela seguradora.
A situação da Voepass é agravada pela suspensão de suas atividades desde março de 2025, determinada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A companhia não pode operar até que comprove a correção de não conformidades em seus sistemas de gestão. Em resposta, a Voepass informou que está trabalhando de forma colaborativa com a Anac para atender às exigências e retomar suas atividades o mais rápido possível.
A companhia também mencionou a Latam em seu pedido de recuperação judicial, apontando a empresa como uma das responsáveis pela crise financeira enfrentada pela Voepass. As duas empresas mantinham um acordo de codeshare, mas o término dessa parceria e a suspensão de voos agravaram a situação financeira da Voepass. A Latam, por sua vez, justificou a rescisão do contrato devido ao acidente de 2024 e à suspensão das operações da Voepass pela Anac, que a impediu de operar voos de passageiros.
*Com informações da Agência Brasil.
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