Setor Avícola da Bahia discute medidas contra Gripe Aviária H5N1

Estado não registra casos, mas adota protocolos de biossegurança para prevenção.
Estado não registra casos, mas adota protocolos de biossegurança para prevenção.

O setor avícola da Bahia reuniu-se na última quinta-feira (22/05/2025), em Salvador, para discutir estratégias de biosseguridade diante do cenário nacional da Gripe Aviária H5N1. Apesar do decreto de emergência zoossanitária no país, o estado não registra casos suspeitos ou confirmados da doença.

O encontro foi promovido pela Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) em conjunto com o Comitê Estadual de Sanidade Avícola (Coesa), órgão consultivo vinculado ao Programa Estadual de Sanidade Avícola (PESA). A reunião contou com a participação de representantes dos setores público e privado, incluindo a Associação Baiana de Avicultura (ABA), empresários, médicos-veterinários e profissionais da cadeia produtiva de aves.

Durante a reunião, foram discutidas ações emergenciais e o fortalecimento de protocolos sanitários nas granjas. A Adab destacou que, até o momento, não há trânsito de aves, ovos férteis ou pintos oriundos do foco registrado no Rio Grande do Sul para a Bahia, reduzindo o risco imediato para o estado.

Entre as medidas adotadas estão: reforço na vigilância epidemiológica nas granjas e em seus entornos; intensificação do controle de trânsito animal, com atuação em 22 barreiras sanitárias fixas, principalmente nas regiões de divisa; mobilização de equipes técnicas para atendimento imediato a qualquer suspeita da doença, com prazo máximo de resposta de 12 horas; e educação sanitária direcionada aos produtores, com foco na biossegurança e na notificação de suspeitas.

A Adab alerta para que produtores fiquem atentos aos seguintes sinais clínicos nas aves: apatia, falta de apetite, dificuldade respiratória, inchaço na cabeça, pescoço e crista, diarreia, queda brusca na produção de ovos e alta mortalidade. Em caso de suspeita, a recomendação é não realizar manejo das aves e comunicar imediatamente à Adab, pelos canais: Telefones: (71) 3194-2098 / 2099 / 99627-9797 e E-mail: pesa@adab.ba.gov.br.

Segundo a Adab, não há risco de transmissão da gripe aviária pelo consumo de carne de frango ou ovos. O órgão reforça a importância da compra de produtos inspecionados, com selos federal, estadual ou municipal.

A **Bahia recebe aves, ovos férteis e pintos principalmente de Espírito Santo, São Paulo e Minas Gerais, estados que, até o momento, não registram focos da doença. Mesmo assim, a Adab mantém o monitoramento constante, com fiscalização do trânsito animal e reforço das barreiras móveis e fixas.

O setor avícola deve adotar medidas rigorosas de biossegurança, como: controle de entrada de pessoas, veículos e produtos nas granjas, revisão de telas, forros e estruturas físicas para impedir o acesso de aves silvestres e migratórias, e intensificação da limpeza e desinfecção das instalações, utilizando produtos específicos e certificados.

De acordo com a Associação Baiana de Avicultura (ABA), a Bahia produz cerca de 60% da proteína de frango que consome, enquanto os outros 40% são importados, principalmente de Minas Gerais. As principais regiões produtoras no estado são: Extremo-sul, Oeste e Recôncavo, com destaque para Conceição da Feira, devido à proximidade dos mercados de Feira de Santana e Salvador. O Oeste da Bahia tem se destacado pela atração de empresas do setor, devido à disponibilidade de grãos para ração animal, reduzindo custos operacionais e fortalecendo a cadeia produtiva.


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