São Luís (sexta-feira, 30/05/2025) – A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que, a partir de junho de 2025, passará a vigorar a bandeira tarifária vermelha – patamar 1, o que implicará um acréscimo de R$ 4,463 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos nas contas de energia elétrica em todo o país.
Segundo comunicado da Aneel, a decisão foi tomada com base em projeções do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que indicam afluências abaixo da média histórica e redução significativa na geração de energia hidrelétrica, exigindo, portanto, o acionamento de usinas termoelétricas, que operam com custos mais elevados.
Contexto climático e impacto na geração de energia
A Aneel destacou que a transição do período chuvoso para o período seco agravou as condições de geração hidrelétrica no país. No mês anterior, a bandeira amarela já havia sido acionada com base em previsões meteorológicas desfavoráveis, o que resultou em um custo adicional de R$ 1,885 por 100 kWh.
“Com o fim do período chuvoso, a previsão de geração de energia proveniente de hidrelétrica piorou, o que nos próximos meses poderá demandar maior acionamento de usinas termelétricas”, informou a Aneel em nota oficial.
Até dezembro de 2024, o país operava sob bandeira verde, sem cobrança adicional nas contas de energia, beneficiado por condições climáticas favoráveis e maior capacidade de geração hídrica. Com a mudança no regime de chuvas e redução dos níveis dos reservatórios, a dinâmica tarifária precisou ser ajustada.
Como funcionam as bandeiras tarifárias
O sistema de bandeiras tarifárias foi instituído pela Aneel em 2015, com o objetivo de refletir os custos reais da geração de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN). As bandeiras funcionam como um sinal de alerta ao consumidor, indicando o momento de maior ou menor pressão sobre o sistema energético.
Níveis de bandeiras e seus respectivos valores
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Bandeira verde: sem acréscimos tarifários.
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Bandeira amarela: acréscimo de R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos.
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Bandeira vermelha – patamar 1: acréscimo de R$ 4,463 por 100 kWh.
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Bandeira vermelha – patamar 2: acréscimo de R$ 7,877 por 100 kWh.
A implementação das bandeiras tarifárias visa também incentivar o uso racional da energia elétrica por parte dos consumidores, principalmente nos períodos em que o custo da geração aumenta significativamente.
Perspectivas para os próximos meses
A tendência é que o patamar das bandeiras tarifárias continue oscilando de acordo com o volume de chuvas e a disponibilidade dos reservatórios das principais hidrelétricas do país. Caso as condições de estiagem se intensifiquem, há possibilidade de o país alcançar a bandeira vermelha em patamar 2, elevando ainda mais os custos para os consumidores residenciais, comerciais e industriais.
A Aneel reforça a importância de práticas de consumo consciente, recomendando o uso eficiente de eletrodomésticos e a redução do desperdício de energia em horários de maior demanda.
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