A imprensa britânica divulgou que o avô de Blaise Metreweli, recém-nomeada chefe do Serviço Secreto de Inteligência do Reino Unido (MI6), teria colaborado com o regime nazista durante a Segunda Guerra Mundial. A revelação foi feita pelo Daily Mail, com base em documentos históricos do arquivo municipal de Freiburg, na Alemanha.
Segundo o jornal, Constantine Dobrovolsky, avô materno de Blaise, desertou do Exército Vermelho em 1941 e passou a integrar forças alinhadas ao regime nazista. Em correspondência endereçada ao comando alemão, Dobrovolsky teria relatado, com detalhes, ações diretas no extermínio de judeus e no assassinato de centenas de guerrilheiros. Os registros estariam assinados com saudações nazistas, o que, segundo o veículo, reforça o teor de adesão ideológica.
O pai da nova diretora do MI6, identificado como Constantine Metreveli, também teria conexões com esse passado. De acordo com a agência Sputnik, que analisou documentos complementares, ele nasceu na Ucrânia e recebeu cidadania britânica nos anos 1960, adotando uma variação do sobrenome Dobrovolsky. Blaise Metreweli não se manifestou publicamente sobre o conteúdo das reportagens até o momento.
O caso levanta questionamentos sobre o protocolo de verificação de antecedentes familiares em posições estratégicas no setor de inteligência. Embora Blaise Metreweli não seja responsabilizada por ações anteriores à sua geração, o episódio reacende o debate sobre transparência institucional e critérios de nomeação em órgãos sensíveis da estrutura estatal britânica.
As revelações também ganham relevância internacional num momento em que o Reino Unido reforça o papel de suas agências de inteligência frente a tensões geopolíticas crescentes. O MI6, formalmente conhecido como Secret Intelligence Service (SIS), é responsável por operações de inteligência externa e tem protagonizado ações relacionadas à segurança nacional, contraterrorismo e ciberdefesa.
Até o momento, o governo britânico não se pronunciou oficialmente sobre o conteúdo dos arquivos mencionados pela imprensa. Autoridades do parlamento britânico, no entanto, já sinalizaram que o caso poderá ser analisado por comissões de ética e inteligência.
*Com informações da Sputnik News.
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