O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou que bombardeou neste sábado (21/06/2025) as três principais instalações nucleares do Irã — Natanz, Isfahan e Fordow — numa ofensiva conjunta com Israel, caracterizando uma nova escalada no conflito regional. A ação ocorre após dias de ataques mútuos entre Irã e Israel, e coloca o Oriente Médio à beira de uma guerra ampliada.
A ofensiva foi classificada por Trump como um “sucesso militar espetacular”. O presidente norte-americano declarou que “obliterou” os alvos nucleares iranianos, e alertou que haverá novos ataques caso Teerã não aceite um acordo de paz imediato. O Irã reagiu afirmando que os ataques violam a Carta da ONU e prometeu “consequências eternas”.
Reação do Irã e contexto da crise
Segundo o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, o país “reserva todas as opções para defender sua soberania”, incluindo a possibilidade de abandonar o Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP). Teerã também acusa os EUA de sabotar negociações diplomáticas em curso ao apoiar militarmente os ataques de Israel iniciados em 13 de junho.
A Guarda Revolucionária Iraniana lançou 40 mísseis contra cidades israelenses na madrugada de domingo. Em resposta, sirenes de ataque aéreo soaram em todo o território israelense, e o sistema de defesa foi ativado. Ao menos 86 pessoas ficaram feridas em Israel, enquanto o Irã contabiliza mais de 430 mortos e 3.500 feridos desde o início das hostilidades.
Impactos militares e diplomáticos
O ataque americano utilizou bombas anti-bunker e mísseis Tomahawk. A instalação de Fordow, localizada em estrutura subterrânea, foi severamente atingida, mas parte do material nuclear havia sido transferido previamente, segundo fontes iranianas.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) afirmou que não há indícios de contaminação radioativa significativa. O diretor Rafael Grossi convocou uma reunião de emergência para segunda-feira (24/06/2025) com os 35 países do conselho de governadores.
Internacionalmente, a Rússia, Turquia, Alemanha, Reino Unido e ONU condenaram os ataques. A Rússia classificou a ação como uma “violação flagrante do direito internacional” e agendou reunião entre Vladimir Putin e o chanceler iraniano.
Repercussões econômicas e geopolíticas
Os ataques aumentaram a tensão entre os países do Golfo Pérsico. Bahrein, Kuwait e Arábia Saudita entraram em estado de alerta máximo de segurança, temendo represálias e a expansão do conflito. Companhias aéreas internacionais evitaram sobrevoar o espaço aéreo da região, e os preços do combustível de aviação na Europa dispararam.
Analistas apontam que os ataques representam a maior aposta de política externa da presidência de Trump. Apesar do discurso inicial de não intervenção, o presidente agora enfrenta pressões domésticas do Congresso — inclusive de setores republicanos — para justificar o envolvimento militar direto.
Ameaça de escalada e risco de guerra aberta
Especialistas alertam que a atual ofensiva pode fortalecer o argumento interno iraniano pela construção de armas nucleares, sob justificativa de dissuasão. A Associação de Controle de Armas dos EUA advertiu que “os ataques não eliminam o conhecimento técnico nuclear do Irã e podem intensificar sua determinação”.
O fechamento do Estreito de Ormuz — rota estratégica para o comércio de petróleo — é uma das possíveis retaliações temidas. Essa medida teria impactos globais nos preços do petróleo e pressão inflacionária em economias como EUA, Europa e China, podendo alimentar novas crises diplomáticas.
Implicações geopolíticas e riscos regionais
A intervenção direta dos EUA foi feita sem prévio aviso aos aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). O vice-ministro da Defesa da Polônia, Pawel Zalewski, declarou que o ataque foi realizado em “absoluto sigilo” por parte de Washington. A iniciativa aumenta o risco de uma guerra regional em larga escala, envolvendo países como Arábia Saudita, Síria e Paquistão.
A escalada do conflito também compromete iniciativas diplomáticas em curso. A União Europeia e a ONU reiteraram apelos pela retomada do diálogo e advertiram sobre os riscos de colapso do Acordo de Não Proliferação Nuclear (TNP).
Principais dados organizados por categorias
Ataques e consequências militares
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Locais atingidos: Natanz, Isfahan e Fordow (instalações nucleares)
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Mísseis utilizados: Tomahawk e bombas anti-bunker
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Resposta iraniana: 40 mísseis lançados contra Israel
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Mortes no Irã: mais de 430
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Mortes em Israel: 24 civis
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Feridos no Irã: 3.500
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Feridos em Israel: 1.272
Ataques dos EUA
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Alvos: Natanz, Fordow e Isfahan.
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Armas utilizadas: mísseis Tomahawk, bombas GBU-57.
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Bombardeiros envolvidos: B-2 Spirit.
Resposta iraniana
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Lançamento de mísseis balísticos contra Israel.
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Retaliação com drones e novas ameaças de escalada.
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Morte de civis em Tel Aviv e Haifa.
Consequências imediatas
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Interrupção parcial da capacidade nuclear iraniana.
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Alerta máximo em bases militares americanas na região.
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Aumento do isolamento diplomático do Irã e pressões internacionais por cessar-fogo.
Reações políticas e diplomáticas
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Condenação da Rússia, ONU, Alemanha, Reino Unido e Turquia
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Reunião de emergência da AIEA convocada
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Abbas Araqchi se reúne com Putin em Moscou (24/06/2025)
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Congresso dos EUA exige autorização formal para guerra
Impactos econômicos e estratégicos
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Alta no preço do combustível de aviação na Europa
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Possibilidade de fechamento do Estreito de Ormuz
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Risco de impacto inflacionário global
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Bases americanas no Golfo sob alerta
Considerações estratégicas e análises
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Trump afirma: “Irã deve fazer a paz ou enfrentar novos ataques”
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Especialistas alertam para incentivo à proliferação nuclear
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Perigo de envolvimento dos EUA em conflito prolongado
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Pressões internas sobre Trump por parte de republicanos e democratas

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