Europa enfrenta onda de calor com temperaturas acima de 40°C em diversos países

Fenômeno climático atinge França, Espanha, Itália e Portugal com impactos na saúde pública e serviços.
Fenômeno climático atinge França, Espanha, Itália e Portugal com impactos na saúde pública e serviços.

Uma nova onda de calor atinge países da Europa, elevando as temperaturas para patamares superiores a 40°C em diversas regiões da França, Espanha, Itália e Portugal. Os efeitos das altas temperaturas já afetam o cotidiano da população e pressionam os serviços de saúde, com previsão de continuidade até o meio da semana.

Na França, 84 das 95 regiões do território continental estão em alerta laranja nesta segunda e terça-feira (01/07/2025). O nível indica risco significativo à saúde da população. Temperaturas superiores a 40°C são previstas em cidades como Bordeaux, Lyon e Toulouse. Cerca de 200 escolas públicas terão o funcionamento alterado devido ao calor. A ministra da Transição Ecológica, Agnès Pannier-Runacher, classificou o cenário como sem precedentes.

Na Espanha, Granada registrou no sábado (28/06) um novo recorde de temperatura, com 46°C, superando a marca anterior de 45,2°C em Sevilha (1965). Em Madri, os termômetros atingiram 40°C. A agência meteorológica Aemet alerta para a elevação da temperatura do Mar Mediterrâneo, que já alcança 26°C nas Ilhas Baleares, nível típico de agosto.

Na Itália, 21 cidades estão em alerta máximo, incluindo Roma, Milão, Nápoles, Florença e Veneza. Ambulâncias estão posicionadas em pontos turísticos, e refúgios climáticos foram ativados em cidades como Bolonha. O sistema de saúde reporta um aumento de 10% nos atendimentos por insolação, especialmente entre idosos, pacientes oncológicos e pessoas em situação de rua.

Portugal também enfrenta alerta vermelho, com temperaturas de até 39°C em Lisboa. A capital e outras regiões do sul concentram o maior risco de incêndios florestais. As autoridades recomendam que a população permaneça em locais frescos, diante do aumento de casos de desidratação e queimaduras.

O fenômeno também agrava o chamado efeito de ilha de calor urbana, principalmente em grandes centros, onde a infraestrutura amplifica a retenção térmica. Medidas emergenciais incluem liberação de piscinas públicas para idosos em Roma, distribuição de desumidificadores em Ancona e entrada gratuita em museus climatizados para maiores de 75 anos em Veneza.

De acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC), aumentos na frequência, intensidade e duração das ondas de calor são quase certos desde 1950 e devem se intensificar nas próximas décadas. O órgão relaciona diretamente essas ocorrências ao aquecimento global, impulsionado por emissões de gases de efeito estufa.

*Com informações da RFI.


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