Quinta-feira, 25/06/2025 — O mercado do boi gordo em Feira de Santana registrou uma leve alta nas últimas semanas, refletindo a estabilidade nacional do setor diante da oferta restrita de animais prontos para o abate e da demanda externa aquecida. Segundo dados divulgados nesta quarta-feira pela Cooperfeira, a cotação média da arroba alcançou R$ 296,25, indicando resistência dos preços mesmo com o consumo interno contido.
Na Bahia, o cenário local é impactado pelo período chuvoso, que favorece a retenção dos animais nas pastagens, postergando o envio para abate. Essa redução na oferta pressiona os preços pagos pelos frigoríficos e cooperativas, mantendo o patamar elevado das cotações mesmo diante de um ritmo de consumo interno abaixo do esperado.
Exportações sustentam preços no mercado nacional
Dados da consultoria Agrifatto indicam que o Brasil exportou, entre janeiro e maio de 2025, cerca de 1,4 milhão de toneladas de carne bovina in natura, o que representa um crescimento de 10,9% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Esse desempenho reforça a relevância das exportações como fator de sustentação dos preços internos.
A China continua sendo o principal destino da carne brasileira, embora os embarques mais recentes tenham sido marcados por certa cautela nos volumes. Ainda assim, a competitividade do produto nacional, favorecida pelo câmbio, tem mantido a atratividade nos contratos internacionais.
Cotações futuras sinalizam tendência de alta
Na bolsa de futuros, as negociações da arroba já superam R$ 337/@ para outubro, refletindo a perspectiva de continuidade da oferta enxuta e o otimismo com os embarques externos nos próximos meses. A Cooperfeira avalia que, mantidas as condições atuais, o mercado tende a manter os níveis de preço com possível valorização gradual, especialmente se as exportações seguirem em alta e o volume de animais permanecer limitado.
Perspectivas para os próximos meses
Apesar das incertezas quanto à recuperação do consumo interno, o mercado apresenta fundamentos consistentes que indicam resiliência nos preços, sobretudo com o avanço das exportações. A Cooperfeira orienta os produtores a acompanharem de perto a evolução do mercado internacional e os custos de reposição, diante da possibilidade de variações no curto prazo.
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