MPBA e Polícia Federal deflagram Operação Desvio Bélico contra CAC acusado de vender fuzil a organização criminosa

Ação conjunta investiga desvio de armas legalmente adquiridas para o crime organizado na Bahia.
Mandados foram cumpridos nas cidades de Praia Grande e Jarinu (SP), em ação conjunta entre o Gaeco Sul do MPBA e a Polícia Federal.

Na manhã desta terça-feira (10/06/2025), o Ministério Público do Estado da Bahia (MPBA), por meio do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado – Regional Sul (Gaeco Sul), e a Polícia Federal deflagraram a “Operação Desvio Bélico”. O alvo da operação é um homem com registro de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC), acusado de vender um fuzil de forma irregular a um suposto líder de organização criminosa que atua em Porto Seguro (BA) e região.

Mandados de busca foram cumpridos em São Paulo

A operação resultou no cumprimento de dois mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Juízo da 1ª Vara Criminal de Porto Seguro, nas cidades de Praia Grande e Jarinu, ambas localizadas no estado de São Paulo.

O objetivo é coletar novos elementos de prova que possam aprofundar as investigações quanto à conduta do investigado, que teria desviado armamento obtido legalmente para uso do crime organizado.

O fuzil mencionado na apuração foi apreendido em 3 de dezembro de 2024, em Porto Seguro, durante outra fase das investigações.

Venda de arma pode configurar crime com pena superior a 12 anos

O nome “Desvio Bélico” foi atribuído à operação em razão da prática recorrente de aquisição legal e revenda irregular de armamentos por parte do investigado. Segundo o MPBA, o homem teria violado normas legais e regulamentares, infringindo dispositivos previstos no Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/2003).

Se comprovada a prática criminosa, as penas atribuídas aos envolvidos podem ultrapassar 12 anos de reclusão, somando os delitos relacionados à venda ilegal de arma de fogo de uso restrito, associação criminosa armada e outros possíveis crimes conexos.

Investigação apura participação de outros envolvidos

A operação também visa identificar outras pessoas possivelmente envolvidas no esquema, o que inclui investigar conexões com grupos armados e o caminho de circulação das armas. A Polícia Federal informou que a análise do material apreendido poderá apontar a existência de uma rede estruturada de tráfico de armamentos, com ramificações.


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