Segunda-feira (02/06/2025) — O Papa Leão XIV presidiu, no Vaticano, uma série de celebrações religiosas e institucionais que destacaram a memória do cardeal Iuliu Hossu, bispo greco-católico romeno, reconhecido por salvar milhares de judeus durante a Segunda Guerra Mundial. As cerimônias também integraram os eventos do Ano Jubilar da Esperança e do Jubileu das Famílias, das Crianças, dos Avós e dos Idosos.
Durante o ato comemorativo na Capela Sistina, o Papa exaltou Hossu como “um testemunho de fé vivido até o fim, na oração e dedicação ao próximo”. Leão XIV destacou que o bispo romeno praticava “fé inabalável em Deus, sem ódio, mas com misericórdia capaz de transformar o sofrimento em amor pelos perseguidores”. Hossu foi beatificado em 2019 por Francisco.
No domingo (01/06), a Divina Liturgia bizantina em romeno foi celebrada na Basílica de São Pedro, reunindo fiéis da Romênia e de comunidades da diáspora. A cerimônia contou com a presença de autoridades religiosas e representantes judeus, como Silviu Vexler, presidente da Federação das Comunidades Judaicas da Romênia.
Papa critica o ódio e valoriza o perdão e a coragem cristã
Ao relembrar o legado de Hossu, Leão XIV reafirmou o compromisso da Igreja com a dignidade humana e a memória do Holocausto. Em discurso, defendeu que a fé deve ser vivida com coragem e que o perdão deve superar o ódio: “Digamos ‘não’ à violência, ainda mais se perpetrada contra pessoas indefesas como crianças e famílias”.
Para o Papa, a vida de Hossu é exemplo de resistência espiritual frente à opressão: “Ele protegeu judeus arriscando a própria vida durante o regime nazista e depois foi perseguido pelo regime comunista, permanecendo fiel à Igreja de Roma”. A mensagem foi vinculada ao aniversário de 60 anos da Declaração Nostra Aetate, sobre o diálogo inter-religioso.
Seminário debate evangelização e pastoral familiar
Paralelamente, Leão XIV enviou mensagem ao seminário “Evangelizar com as Famílias de Hoje e de Amanhã“, promovido pelo Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, em Roma. O Papa exortou os participantes a se tornarem “pescadores de famílias”, chamando a atenção para o papel central da família na transmissão da fé e na formação das novas gerações.
O Pontífice advertiu que modelos ilusórios de vida e o uso inadequado das redes sociais afetam negativamente a espiritualidade familiar. Ressaltou que muitas famílias se sentem excluídas da vida comunitária e precisam ser acolhidas com compaixão, sabedoria e paciência.
Missa do Jubileu reafirma papel da família na construção da paz
Na Santa Missa do Jubileu das Famílias, celebrada na Praça São Pedro no domingo (01/06), Leão XIV reafirmou que “das famílias nasce o futuro dos povos“. A homilia se concentrou no Evangelho de João, destacando o pedido de Jesus por união entre os homens e o amor de Deus como origem da salvação.
O Papa alertou contra o individualismo e defendeu que a Igreja seja um lugar de acolhida, fraternidade e evangelização familiar. Citou casais beatificados, como os pais de Santa Teresinha do Menino Jesus, e exortou os esposos a viverem o casamento como regra de amor fiel, total e fecundo, com responsabilidade na educação dos filhos.
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