Milhares de fiéis participaram, ao longo deste sábado (26/07/2025), das tradicionais homenagens à padroeira do município, Senhora Sant’Ana, em uma das maiores expressões da religiosidade popular de Feira de Santana. A programação contou com missa solene na Catedral Metropolitana, pela manhã, e procissão solene pelas ruas do centro da cidade, no período da tarde.
A primeira parte da celebração aconteceu na manhã de sábado (26), na Catedral Metropolitana de Sant’Ana, reunindo representantes da comunidade católica, autoridades civis e eclesiásticas. A missa solene foi presidida pelo arcebispo metropolitano Dom Zanoni Demettino, com a presença do prefeito José Ronaldo de Carvalho, de secretários municipais e representantes de órgãos públicos.
Durante a celebração, Dom Zanoni destacou o papel simbólico e histórico da padroeira:
“A festa de Sant’Ana marca a nossa tradição, a fé do nosso povo e a origem da nossa gente. É um dia de grande graça. Viva Feira de Santana! Viva a mãe da mãe do nosso Salvador!”
Em sua fala, o prefeito José Ronaldo reiterou a relevância do evento para a identidade cultural e espiritual da cidade:
“Hoje é um dia importante para o mundo católico de Feira de Santana. Sant’Ana é a avó de Jesus, e nós estamos aqui, como fazemos há décadas, pedindo a Deus proteção, coragem e saúde para continuar.”
A devota Ana Lúcia Godinho Mendes, de 65 anos, natural de Feira e residente em Salvador, comparece anualmente à celebração. Para ela, o momento representa continuidade e gratidão:
“Minha mãe me batizou com o nome Ana em homenagem a Sant’Ana. É uma fé que herdei e quero transmitir às próximas gerações.”
Procissão solene percorre ruas da cidade com demonstrações públicas de fé
No período da tarde, a imagem de Senhora Sant’Ana foi conduzida em procissão pelas ruas do Centro, em cortejo acompanhado por milhares de fiéis, sob cânticos e orações. A caminhada teve início com a exibição de imagens de santos devocionais, como São Benedito, Nossa Senhora do Carmo, São Francisco de Assis e Santa Dulce dos Pobres.
O momento mais aguardado foi a saída da imagem da padroeira da Catedral Metropolitana, celebrada com aplausos e fogos de artifício. Fiéis com terços nas mãos e promessas no coração acompanharam todo o percurso, em clima de reverência e comoção.
O prefeito José Ronaldo, acompanhado do vice-prefeito Pablo Roberto, caminhou com a multidão. Em pronunciamento durante a procissão, afirmou:
“Celebrar a padroeira é manter viva uma tradição que atravessa décadas. É também uma forma de pedir proteção, força e dignidade para o nosso povo.”
Um dos momentos marcantes ocorreu em frente à Igreja Senhor dos Passos, onde os fiéis pararam para rezar coletivamente o Pai Nosso, renovando sua devoção. A senhora Maria Oliveira, de 56 anos, emocionada, declarou:
“Sempre acompanho. É uma data muito importante para mim. Vim para agradecer e renovar os meus pedidos. Senhora Sant’Ana já me protegeu muitas vezes.”
O cortejo encerrou-se com o retorno da imagem à Catedral, onde os fiéis receberam a bênção final, encerrando as atividades religiosas do dia.
História da devoção a Sant’Ana em Feira de Santana
A origem da Catedral Metropolitana de Sant’Ana remonta ao século XVIII. Em 1732, uma capela foi erguida no local com devoção a São Domingos e Senhora Sant’Ana, em terras doadas por Domingos Barbosa de Araújo e Ana Brandão. A pequena igreja passou a servir de referência para a feira de gado que ocorria na região, o que originou o nome do município: Feira de Sant’Ana.
Atualmente, a devoção à padroeira é um dos pilares da identidade religiosa, cultural e histórica de Feira de Santana, reunindo anualmente milhares de pessoas em manifestações públicas de fé.
Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)
Subscribe to get the latest posts sent to your email.
