Governador Jerônimo rompe com política de barganha e manda recado à oposição: “Somos humildes, mas não tolos”

Durante entrevista à Rádio Muniz Ferreira nesta terça-feira (29/07/2025), o governador Jerônimo Rodrigues reafirmou que sua gestão não condiciona obras ao apoio político, citando como exemplo o diálogo com a prefeitura de Cruz das Almas, comandada por um adversário. Jerônimo criticou práticas antigas da política e reforçou a unidade de seu grupo político, composto por ex-governadores.
Governador Jerônimo Rodrigues nega troca de obras por apoio político, cita Cruz das Almas como exemplo e reafirma compromisso com uma atuação institucional baseada no interesse público e na neutralidade administrativa.

Muniz Ferreira (BA), terça-feira, 29/07/2025 — Durante visita ao município de Muniz Ferreira, no Recôncavo baiano, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) declarou que não condiciona obras e investimentos públicos ao apoio político, especialmente com vistas às eleições de 2026. A afirmação foi feita em entrevista à Rádio Muniz Ferreira, em agenda oficial realizada nesta terça-feira.

Cruz das Almas como exemplo de postura republicana

Ao abordar sua política de investimentos, o governador citou o município vizinho de Cruz das Almas como exemplo de atuação sem distinção partidária. “Em Cruz eu apoiei Orlandinho, mas o povo quis Ednaldo. Por isso vou virar as costas para Cruz das Almas? De jeito nenhum”, afirmou Jerônimo, em referência ao atual prefeito Ednaldo Ribeiro (Republicanos), adversário político do grupo governista.

Segundo Jerônimo, as tratativas com a gestão municipal de Cruz das Almas seguem normalmente, com foco em obras estruturantes e políticas públicas. “Estamos planejando os investimentos na cidade e nunca condicionamos que, para fazer estrada ou escola, iríamos exigir o voto”, enfatizou. O governador afirmou ainda que o seu governo “constrói confiança, não apoios comprados”.

“Política do passado” e novas práticas de gestão

Ao longo da entrevista, Jerônimo criticou práticas tradicionais da política baiana, que segundo ele envolviam barganhas e exclusões. “Se adotarmos a política do passado, quem perde é a população”, declarou. O chefe do Executivo baiano reiterou que sua gestão é guiada por princípios de respeito institucional, mesmo diante de diferenças partidárias ou críticas da oposição.

Respeitamos a oposição e quem perdeu a eleição, mas vamos seguir trabalhando”, afirmou.

A fala foi interpretada como uma tentativa de marcar posição diante de especulações sobre alianças futuras e negociações para a sucessão estadual.

Unidade do grupo político e recado à oposição

Ao final da entrevista, Jerônimo respondeu às críticas de setores adversários que, segundo ele, buscam deslegitimar a atuação do governo estadual. “Somos humildes, mas não tolos”, disse. Ele também destacou a coesão do grupo político que sustenta sua administração, citando os ex-governadores Jaques Wagner, Otto Alencar e Rui Costa como figuras que permanecem atuantes na articulação política e institucional.

Estamos unidos pela Bahia e pelos baianos”, concluiu.


Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe to get the latest posts sent to your email.

Facebook
Threads
WhatsApp
Twitter
LinkedIn

Deixe um comentário

Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading

Privacidade e Cookies: O Jornal Grande Bahia usa cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso deles. Para saber mais, inclusive sobre como controlar os cookies, consulte: Política de Cookies.