Polícia Federal deflagra nova fase da Operação Convictus contra tráfico, armas e lavagem de dinheiro na Bahia; Organização movimentou mais de R$ 5 milhões com drogas

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta (31/07/2025) a segunda fase da Operação Convictus, em Salvador e RMS, contra organização criminosa envolvida com tráfico de drogas, armas e lavagem de dinheiro. A ação cumpriu 8 mandados de prisão e 11 de busca, além do bloqueio de contas e bens. O grupo movimentou mais de R$ 5 milhões, com uso de empresas de fachada e veículos de luxo.
Policiais federais e militares cumpriram mandados em Salvador, na manhã de quinta-feira (31/07/2025), durante a 2ª fase da Operação Convictus. Ação conjunta com o MP-BA e PMBA visou desarticular organização criminosa que movimentou mais de R$ 5 milhões com tráfico de drogas, armas de grosso calibre e lavagem de dinheiro por meio de empresas de fachada na capital e Região Metropolitana.

A Polícia Federal, em atuação conjunta com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MP-BA) e com apoio da Polícia Militar da Bahia, deflagrou na manhã desta quinta-feira (31/07/2024) a segunda fase da Operação Convictus, voltada à desarticulação de uma organização criminosa envolvida com o tráfico interestadual de drogas, armamentos e lavagem de dinheiro.

A ofensiva ocorreu simultaneamente em Salvador e municípios da Região Metropolitana (RMS), com cumprimento de oito mandados de prisão preventiva, além de 11 mandados de busca e apreensão, bloqueio judicial de contas bancárias, sequestro de bens e restrições de veículos via RENAJUD.

Organização criminosa operava com drogas, armas e transações milionárias

As investigações tiveram início com a atuação isolada de um narcotraficante que, após romper vínculos com a facção original, passou a negociar entorpecentes e armamentos de forma autônoma com diferentes grupos criminosos. A estrutura revelada na apuração indica um esquema de alto poder logístico e financeiro.

Entorpecentes, armas de guerra e facções rivais

A PF identificou que o grupo criminoso adquiria e distribuía grandes quantidades de drogas ilícitas, incluindo:

  • Skunk (maconha modificada)

  • Cocaína e crack

  • Ecstasy, lança-perfume, tetracaína e cafeína

O destino principal dos entorpecentes era a capital baiana e cidades da RMS. Também foram documentadas tratativas para aquisição de armas de grosso calibre, como pistolas, fuzis e metralhadoras equipadas com munição antiaérea, destinadas a conflitos entre facções rivais em disputa territorial.

Esquema de lavagem de dinheiro utilizava empresas de fachada

Além do tráfico de drogas e armamentos, os agentes desmantelaram um sofisticado esquema de lavagem de capitais, baseado em:

  • Empresas fictícias registradas em nome de terceiros

  • Movimentações bancárias superiores a R$ 5 milhões

  • Veículos de luxo e lojas de automóveis usadas para dissimulação patrimonial

A Justiça determinou o bloqueio de contas bancárias vinculadas a 69 CPFs e CNPJs, bem como a restrição judicial de veículos de alto valor, registrados em nome dos investigados, por meio do sistema RENAJUD.

Durante o cumprimento das medidas, foram apreendidos:

  • Dispositivos eletrônicos

  • Valores em espécie superiores a R$ 5 mil

  • Documentos e comprovantes de bens e transações suspeitas

Operação reforça integração entre PF, MP-BA e PMBA

A Operação Convictus é conduzida com base no trabalho integrado entre instituições de segurança e persecução penal, destacando-se o uso de inteligência policial, cooperação interinstitucional e foco no desmantelamento financeiro de estruturas criminosas.

A PF reafirma que o objetivo é atingir o núcleo logístico e financeiro das organizações criminosas, minando suas fontes de renda e capacidade operacional.

Avanço do narcotráfico

A segunda fase da Operação Convictus expõe a persistência e a complexidade da atuação do crime organizado em áreas urbanas da Bahia, especialmente nas regiões periféricas de Salvador e RMS. O avanço do narcotráfico para além da lógica faccionada tradicional — com operadores independentes negociando com diversos grupos — aponta para um cenário fragmentado, mas altamente lucrativo, no qual a estrutura logística e financeira assume protagonismo.

A sofisticação dos mecanismos de lavagem, com uso de empresas de fachada e revendas de veículos, revela também falhas na fiscalização do sistema bancário e comercial. A operação, embora relevante, impõe o desafio de continuidade e aprofundamento das investigações, com foco nos elos empresariais e nos operadores financeiros que ainda permanecem à margem da responsabilização penal.

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