Aumento de casos de leptospirose em Feira de Santana requer cuidados redobrados na estação chuvosa, alerta SMS

Secretaria Municipal de Saúde alerta para medidas preventivas e sintomas da doença transmitida pela urina de roedores.
Secretaria Municipal de Saúde alerta para medidas preventivas e sintomas da doença transmitida pela urina de roedores.

Com a elevação do volume de chuvas, a Secretaria Municipal de Saúde de Feira de Santana (SMS) emitiu um alerta para a população sobre os riscos de contrair leptospirose. A doença infecciosa, causada pela bactéria Leptospira, tem na urina de ratos seu principal vetor de transmissão. Dados da Vigilância de Controle Epidemiológica municipal indicam 12 notificações de casos suspeitos no ano, com duas confirmações. No ano anterior, o total registrado foi de 16 notificações e 4 confirmações.

A transmissão ocorre predominantemente pelo contato direto com água ou lama contaminada, comum em enchentes, alagamentos, esgotos e terrenos com acúmulo de lixo e entulhos. Nestes locais, a bactéria pode permanecer ativa por longos períodos. A porta de entrada para a infecção no organismo humano são ferimentos cutâneos ou mucosas, como olhos e boca.

De acordo com Vânia Freitas, enfermeira referência técnica da secretaria, o período de incubação da doença varia de 7 a 14 dias. Os sintomas iniciais são frequentemente inespecíficos e assemelham-se a um estado gripal intenso, incluindo febre altacefaleiamialgia (dores musculares, sobretudo nas panturrilhas), calafrios e vômitos. “A evolução para formas graves pode resultar em icteríciahemorragias e falência renal e hepática, com potencial fatal na ausência de tratamento adequado e oportuno”, explicou Freitas.

A rede municipal de saúde está capacitada para o diagnóstico e tratamento imediatos, fator crucial para evitar complicações. A orientação oficial é para que indivíduos que tenham tido exposição a situações de risco e apresentem sintomas procurem atendimento médico sem demora.

Como medidas de prevenção primária, recomenda-se evitar o contato com águas de inundações ou esgotos. Caso a exposição seja inevitável, a utilização de equipamentos de proteção individual, como botas e luvas de borracha, é considerada essencial. Outra frente de ação é o controle de roedores, que envolve a eliminação de fontes de abrigo e alimento para esses animais, mantendo-se quintais, terrenos baldios e áreas comuns livres de entulhos e lixo acumulado.

O trabalho integrado da Vigilância EpidemiológicaAtenção Básica e Vigilância Ambiental é descrito como fundamental para o monitoramento de ocorrências, a investigação de casos e a adoção de medidas de controle para prevenir surtos.


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