Bahia avança na citricultura com inauguração de Unidade Experimental no Litoral Norte

A inauguração da primeira Unidade Experimental Demonstrativa (UED) em Entre Rios marca o início de um projeto que prevê 10 unidades voltadas ao fortalecimento da citricultura no Litoral Norte e Agreste baiano. A iniciativa, liderada pelo Banco do Nordeste e apoiada pela Seagri, busca testar variedades de porta-enxertos, melhorar a qualidade da produção e ampliar a renda de agricultores familiares, consolidando a Bahia como referência nacional no setor.
Autoridades e agricultores participam da inauguração da primeira Unidade Experimental Demonstrativa (UED) do Prodeter, marco para a citricultura baiana.

Nesta terça-feira (26/08/2025), a citricultura baiana registrou um marco estratégico com a inauguração da primeira Unidade Experimental Demonstrativa (UED) do Programa de Desenvolvimento Territorial (Prodeter), do Banco do Nordeste, instalada em Entre Rios, no Litoral Norte da Bahia. O projeto busca elevar a produtividade, garantir sustentabilidade e difundir tecnologias adaptadas às condições regionais para os agricultores familiares.

O plano de expansão, apoiado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri), prevê a instalação de 10 UEDs em municípios estratégicos: Acajutiba, Alagoinhas, Esplanada, Conde, Jandaíra, Aporá, Rio Real, Catu, Entre Rios e Itapicuru. Esses espaços funcionarão em propriedades rurais, Escolas Famílias Agrícolas (EFA), prefeituras e unidades do Instituto Federal Baiano (Ifbaiano), promovendo capacitação e transferência de conhecimento.

Testes adaptados ao solo e clima baiano

O diretor de Desenvolvimento da Agricultura da Seagri, Assis Pinheiro, destacou que a ação busca fortalecer a adaptação de tecnologias às realidades locais. Em parceria com a Embrapa e a Adab, as unidades experimentarão diferentes variedades de porta-enxertos, permitindo que os agricultores acompanhem de perto os resultados e escolham as opções mais adequadas para seus municípios.

Cada UED contará com 312 plantas, distribuídas em diferentes espaçamentos e utilizando três tipos de porta-enxertos: Citrandarin Riverside, Citrandarin San Diego e Limão Cravo. O objetivo é identificar as combinações mais produtivas, resistentes e sustentáveis para garantir competitividade à citricultura baiana.

O agente de desenvolvimento do Banco do Nordeste, Antônio Lobo, reforçou que a base do sucesso da lavoura está na qualidade da muda.

“Mudas certificadas e de qualidade são fundamentais. É o menor custo do plantio e, ao mesmo tempo, o que mais impacta no resultado final”, afirmou.

Litoral Norte concentra maior produção de citros

Segundo dados do IBGE (2019), a Bahia possui a segunda maior área de citricultura do Brasil, com 57.906 hectares cultivados. Aproximadamente 70% dessa produção está concentrada no Litoral Norte e no Agreste, regiões onde a citricultura é um dos principais motores da economia, gerando milhares de empregos diretos e indiretos.

A criação das UEDs é vista como instrumento para fortalecer a cadeia produtiva, ampliar oportunidades de renda para os agricultores familiares e consolidar a Bahia como referência nacional no setor de citros. O modelo alia pesquisa, extensão rural e políticas públicas, oferecendo uma base sólida para o crescimento da atividade.


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