Deputado João Leão e a vitivinicultura: como a Bahia entrou no mapa dos vinhos premiados

A Bahia desponta como polo vitivinícola graças à atuação de João Leão, que articulou políticas públicas e atraiu investimentos estratégicos. De parcerias internacionais à introdução de cepas de qualidade, o estado hoje conta com vinhos premiados, expansão do enoturismo e perspectivas de novas vinícolas. O desafio futuro será transformar esse avanço em uma cadeia produtiva sustentável e reconhecida nacionalmente.
Deputado federal João Leão durante visita a vinícola em Morro do Chapéu (BA), em 2024. O ex-vice-governador é apontado como articulador da política que impulsionou a vitivinicultura baiana.

A Bahia consolidou-se como um dos novos polos vitivinícolas do Brasil, com rótulos premiados e crescente relevância no enoturismo nacional e internacional. Por trás desse processo de transformação está a atuação decisiva do deputado federal João Leão (PP), que, em sua trajetória como gestor público, lançou as bases institucionais e estruturais para o desenvolvimento do setor no estado. Reconhecido como um dos principais incentivadores do agronegócio baiano, Leão foi corresponsável pela construção de uma cadeia de valor diversificada, que transcende a vitivinicultura e impacta de forma ampla a economia regional.

No início dos anos 2000, em missão oficial à França, o parlamentar estabeleceu contatos estratégicos com produtores da região de Champagne, referência mundial no setor. Em parceria com a Embrapa, articulou a introdução de cepas de uvas viníferas adaptadas ao semiárido baiano, em especial na Chapada Diamantina e no Vale do São Francisco. Essa iniciativa, de caráter institucional e visionário, abriu caminho para que produtores locais e grandes grupos vitivinícolas passassem a investir em território baiano, transformando áreas até então pouco exploradas em polos de inovação agrícola.

A partir desse movimento, a Bahia tornou-se não apenas produtora de vinhos de qualidade reconhecida, mas também destino consolidado de enoturismo, atraindo visitantes interessados na experiência cultural, gastronômica e paisagística vinculada à vitivinicultura. O setor hoje integra a estratégia de diversificação econômica do estado, consolidando a viticultura como parte de um modelo de desenvolvimento que alia tradição, inovação e inserção no mercado global.

Gestão pública e incentivos ao setor

À frente da Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Bahia, João Leão promoveu políticas de incentivo que atraíram investidores e fomentaram infraestrutura para a cadeia vitivinícola. Sua gestão priorizou não apenas a produção, mas também o enoturismo, com destaque para o Vale do São Francisco e Morro do Chapéu. O papel de Leão foi de articulador, garantindo um ambiente de negócios favorável à expansão do setor privado.

Vinhos premiados no cenário nacional

O investimento trouxe resultados concretos. A Bahia já coleciona rótulos reconhecidos entre os melhores do Brasil:

  • Testardi Syrah, produzido pela Miolo em Casa Nova, figura entre os principais tintos nacionais.
  • Ferro Doido Malbec, da Vinícola Vaz, alcançou destaque na Grande Prova Vinhos do Brasil (GPVB), recebendo a medalha Good Wine com 88 pontos em 2020.

Esses prêmios colocaram a Bahia no mapa dos vinhos de qualidade, reforçando a reputação de seus produtores.

Expansão para novas regiões

O próximo passo será a instalação de uma nova vinícola no município de Barra, no Médio São Francisco. A pedra fundamental já foi anunciada e simboliza a continuidade do processo de expansão, ampliando a presença da vitivinicultura em diferentes regiões do estado.

Visão de futuro

Atualmente, a Bahia conta com seis vinícolas em operação. Contudo, mais de 30 novos empreendimentos já manifestaram interesse em se instalar no estado. João Leão defende uma meta ousada: atingir 100 vinícolas até o fim de seu sexto mandato como deputado federal. A proposta reflete o objetivo de consolidar a Bahia como referência nacional no setor.

Da visão à realidade

A trajetória do vinho baiano mostra como políticas públicas estratégicas podem transformar potenciais regionais em cadeias produtivas sólidas. Ao articular investimentos, atrair grupos empresariais e estimular a pesquisa científica, João Leão abriu o caminho para que a Bahia não apenas produzisse vinho, mas se tornasse protagonista no setor.

Análise crítica

O caso da vitivinicultura baiana evidencia a relevância de gestão pública articulada com iniciativa privada. O êxito do projeto demonstra que políticas de longo prazo, quando bem conduzidas, podem criar novos setores econômicos em regiões até então pouco exploradas. Contudo, o desafio permanece: transformar esse movimento em uma cadeia sustentável, capaz de resistir a oscilações do mercado e à dependência de incentivos estatais. A busca por qualificação técnica, preservação ambiental e fortalecimento das marcas regionais será determinante para consolidar a posição da Bahia no cenário vitivinícola brasileiro.


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