Na sexta-feira (15/08/2025), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, se encontrarão no Alasca para discutir um possível cessar-fogo na guerra da Ucrânia. Dois dias antes, na quarta-feira (13/08/2025), líderes europeus realizaram uma reunião virtual com Trump e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky para reforçar que decisões territoriais devem ser tomadas apenas por Kiev.
O encontro bilateral entre Trump e Putin será o primeiro desde o retorno do republicano à Casa Branca. Analistas, como Jacob Kirkegaard, do centro de estudos Bruegel, avaliam que a reunião representa um ganho político para Putin por deixar a Europa em posição secundária.
Posição de Kiev e da União Europeia
Zelensky defende que um cessar-fogo seja condição inicial para negociações de paz. Ele afirma que Putin busca controle total de Donetsk, território do qual a Rússia ocupa cerca de 70% desde o início do conflito em 2022. O presidente francês Emmanuel Macron reiterou que questões territoriais ucranianas só podem ser discutidas pelo próprio presidente ucraniano.
O chanceler alemão Friedrich Merz reforçou o princípio de que fronteiras não podem ser alteradas pela força. Já a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o secretário-geral da Otan, Mark Rutte, destacaram a importância de manter coordenação estreita entre aliados.
Possibilidade de segunda reunião
Trump declarou que, caso o encontro no Alasca tenha resultados positivos, pretende organizar rapidamente uma segunda reunião com a participação de Putin e Zelensky. No entanto, admitiu que pode cancelar a proposta se considerar que não houve avanços suficientes.
O presidente americano também alertou que a Rússia enfrentará “consequências muito graves” caso não aceite encerrar a guerra, sem especificar quais seriam essas medidas.
Contexto do conflito
Desde fevereiro de 2022, a Rússia ocupa aproximadamente um quinto do território ucraniano, incluindo a península da Crimeia, anexada em 2014. A guerra, que já dura mais de três anos, mantém alto custo humano e econômico, com frequentes ataques contra alvos civis denunciados por Kiev e observadores internacionais.
*Com informações da RFI.
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