Na sexta-feira (29/08/2025), a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo da Bahia (Fecomércio) anunciou que buscará autorizações junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) para recuperar o casarão histórico do antigo Palácio do Menor, em Feira de Santana, atualmente em ruínas.
O compromisso foi assumido pelo presidente da entidade, Kelsor Fernandes, durante a primeira reunião itinerante da diretoria no município, atendendo à solicitação do prefeito José Ronaldo de Carvalho.
Durante a reunião, que contou com a presença de representantes de sindicatos do comércio de várias cidades baianas, o prefeito José Ronaldo recordou o compromisso firmado anteriormente pela Fecomércio com a prefeitura para viabilizar a restauração do imóvel. Ele também cobrou medidas concretas para que a recuperação fosse efetivamente iniciada.
O prefeito esteve acompanhado pelos secretários Joilton Freitas (Comunicação), Carlos Brito (Planejamento) e Márcia Cristina Ferreira (Desenvolvimento Econômico), reforçando o caráter institucional da demanda.
Obstáculos no processo de restauração
Segundo Kelsor Fernandes, a entidade pretende dar agilidade ao processo, mas destacou que o projeto enfrenta entraves burocráticos relacionados ao tombamento do imóvel. Por se tratar de um patrimônio histórico em análise pelo IPHAN, as obras estão sujeitas a exigências legais que dificultam o início imediato das intervenções.
A necessidade de atender aos parâmetros técnicos de preservação é apontada como o principal desafio para destravar o processo e garantir que a restauração mantenha a integridade arquitetônica e cultural do casarão.
Relevância histórica do casarão
O casarão da Praça Carlos Bahia foi construído em meados da década de 1850 pelo coronel João Pedreira de Cerqueira, possivelmente com a intenção de receber o imperador Dom Pedro II — visita que nunca chegou a ocorrer.
O imóvel, localizado na antiga Rua da Misericórdia, já sediou a Santa Casa da Misericórdia, o primeiro hospital da região a oferecer atendimento gratuito à população carente, e também foi sede do 1º Batalhão da Polícia Militar. Posteriormente, tornou-se conhecido como Palácio do Menor, reforçando sua relevância social e comunitária.
Uso atual e destino do imóvel
Em 2007, o casarão foi desapropriado pela Prefeitura de Feira de Santana e transferido para o Serviço Social do Comércio (SESC). Ao lado do prédio, a entidade construiu um restaurante e um centro cultural, mas a edificação principal permaneceu em estado de abandono, deteriorando-se ao longo dos anos.
Agora, com o compromisso público da Fecomércio, abre-se a perspectiva de um novo ciclo de preservação e reuso, capaz de integrar o patrimônio histórico ao desenvolvimento urbano e cultural da cidade.
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