O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, nesta segunda-feira (18/08/2025), o presidente do Equador, Daniel Noboa Azin, no Palácio do Planalto, em Brasília. O encontro marca o recomeço das relações políticas, comerciais, culturais e tecnológicas entre os dois países, interrompidas por quase 18 anos desde a última visita de um mandatário equatoriano ao Brasil.
Durante a reunião, foram assinados memorandos de entendimento sobre combate à fome e à pobreza, inteligência artificial, capacitação em infraestrutura de computação de alto desempenho, agricultura familiar, desenvolvimento agropecuário e rural sustentável, transição agroecológica, circuitos curtos de comercialização, sistemas públicos de abastecimento de alimentos, agricultura orgânica e redução de perdas e desperdícios.
O presidente Lula destacou que a iniciativa visa aproximar dois países amigos e reforçou a importância de uma visão continental de cooperação e irmandade. O presidente equatoriano, Daniel Noboa, afirmou que o objetivo é tornar a América Latina uma potência, fortalecendo a justiça, dignidade e oportunidades para as futuras gerações.
Na área de energia e meio ambiente, Lula ressaltou o potencial do Brasil e do Equador para liderar uma transição energética justa, destacando que ambos os países possuem matrizes elétricas predominantemente renováveis e compartilharão esforços na COP30. O presidente agradeceu ainda o apoio do Equador ao Fundo Florestas Tropicais para Sempre, que será lançado em Belém.
Sobre segurança pública, Lula enfatizou que cooperar no combate a organizações criminosas é essencial, com a reabertura da adidância da Polícia Federal em Quito e treinamentos conjuntos para investigar crimes financeiros e coibir contrabando de armas.
O presidente brasileiro também tratou da regulação das Big Techs, alertando para a necessidade de combater criminalidade digital, discurso de ódio e exploração sexual de crianças e adolescentes nas redes.
No campo econômico, Lula destacou a oportunidade de ampliar o comércio bilateral entre os dois países. Em 2024, a corrente de comércio totalizou US$ 1,1 bilhão, com superávit brasileiro de US$ 850 milhões. Entre os produtos exportados pelo Brasil para o Equador estão papel, veículos de passageiros, trigo, centeio e calçados; já as importações brasileiras incluem chumbo, metais não ferrosos, pescados, artigos de confeitaria e produtos plásticos.
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