Durante participação no programa De Cara com o Líder, apresentado pelo vice-governador Geraldo Júnior na rádio Baiana FM (89.3), nesta quinta-feira (28/08/2025), o jornalista Levi Vasconcelos analisou o cenário político baiano, destacando a insatisfação do PSDB com a prefeitura de Salvador, a reunião entre o governador Jerônimo Rodrigues e o prefeito Bruno Reis, e os sinais de distanciamento do prefeito de Feira de Santana, Zé Ronaldo, em relação a ACM Neto.
Segundo Levi, o PSDB vem demonstrando insatisfação com a gestão municipal de Salvador. O partido, embora aliado, não estaria abraçando de forma incondicional ACM Neto e Bruno Reis. Deputados como Paulo Câmara têm expressado publicamente que a legenda busca novos caminhos, mas sem deixar claro quais seriam essas alternativas.
A posição revela uma instabilidade dentro da base oposicionista, indicando que o PSDB pode tentar reconfigurar sua atuação política diante das indefinições sobre 2026. A falta de entusiasmo com a atual liderança reforça o clima de distanciamento.
Encontro de Jerônimo e Bruno Reis reforça diálogo institucional
O jornalista avaliou como positiva a reunião entre o governador Jerônimo Rodrigues (PT) e o prefeito Bruno Reis (União Brasil), ocorrida na quarta-feira (27). Para ele, o gesto foi uma demonstração de maturidade política em nome do interesse público.
A agenda incluiu temas estratégicos para Salvador e a Bahia, como segurança, saúde, educação, mobilidade urbana e a ponte Salvador-Itaparica. Levi comparou o episódio ao momento em que, durante a pandemia da Covid-19, o então governador Rui Costa e o então prefeito ACM Neto uniram esforços. Situações assim, destacou, são raras na política baiana e deveriam ser a regra, não a exceção.
José Ronaldo e a relação com ACM Neto: sinais de afastamento
Ao abordar o cenário em Feira de Santana, Levi destacou que o prefeito Zé Ronaldo vem demonstrando perda de alinhamento com ACM Neto. Embora mantenha o discurso de só tratar de política em 2026, o simples fato de não declarar apoio explícito ao ex-prefeito de Salvador já seria, segundo o articulista, uma forma de punição silenciosa.
Zé Ronaldo tem participado de eventos tanto ao lado de aliados de Neto quanto em encontros com o governador Jerônimo Rodrigues, reforçando a percepção de distanciamento. Esse comportamento estaria ligado a ressentimentos da eleição de 2022, quando Ronaldo acreditava que seria escolhido para compor a chapa de Neto, mas foi preterido em favor de Ana Coelho. Desde então, segundo Levi, o prefeito teria adotado postura mais reservada e calculada no tabuleiro político.
Três movimentos
A leitura de Levi Vasconcelos revela três movimentos que podem redesenhar a política baiana: o PSDB buscando alternativas, o diálogo institucional entre governo e prefeitura de Salvador, e o afastamento gradual de José Ronaldo em relação a ACM Neto. Esses elementos expõem fissuras na oposição e sugerem que alianças locais podem ser revistas até 2026. O silêncio estratégico de lideranças, somado às frustrações acumuladas, indica que a disputa eleitoral pode se fragmentar em novas frentes, enfraquecendo a coesão da direita no estado.
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