Clima extremo no verão de 2025 custou € 43 bilhões à Europa, alerta estudo

Ondas de calor, secas e inundações impactam economia e setores produtivos do continente europeu.
Ondas de calor, secas e inundações impactam economia e setores produtivos do continente europeu.

Entre junho e agosto de 2025, eventos climáticos extremos na Europa resultaram em custos estimados de € 43 bilhões, aponta estudo divulgado nesta segunda-feira (15/09/2025) pela economista Sehrish Usman, da Universidade de Mannheim, Alemanha. O levantamento considera ondas de calor, secas, inundações, incêndios florestais e danos causados por vento e granizo, alertando que os impactos do aquecimento global devem tornar essas catástrofes mais frequentes e intensas.

Fenômenos climáticos e impactos imediatos

Durante o período, cerca de cem ondas de calor, quase duzentas secas e mais de cinquenta inundações afetaram diversas regiões do continente. Espanha, França e Itália foram os países mais atingidos, com perdas superiores a € 10 bilhões em 2025. Já os países da Europa Central e do Norte enfrentaram danos menores, mas a frequência crescente de inundações pode elevar os custos nos próximos anos.

Custos econômicos de médio e longo prazo

O estudo inclui não apenas os danos diretos, como destruição de infraestrutura e perdas agrícolas, mas também os efeitos macroeconômicos, incluindo redução da produtividade, impactos na saúde, investimentos, mercado de trabalho e turismo. Segundo Sehrish Usman, esses fatores podem elevar os custos para € 126 bilhões até 2029, refletindo a interdependência da economia e eventos climáticos extremos.

Consequências setoriais e inflação

Entre os exemplos citados estão a escassez de produtos agrícolas devido à seca, que pode aumentar a inflação a médio e longo prazo. A pesquisa destaca ainda que os valores estimados podem estar subestimados, já que não consideram efeitos cumulativos de múltiplos eventos simultâneos ou impactos indiretos de incêndios e degradação ambiental.

Apelo à redução de emissões

Os autores reforçam que fenômenos extremos deixaram de ser uma ameaça futura e já influenciam diretamente o desenvolvimento econômico europeu. O estudo conclama para a redução imediata das emissões de gases de efeito estufa, como medida preventiva para conter os impactos econômicos e ambientais.

*Com informações da RFI.


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