Nesta terça-feira (16/09/2025), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a taxa de desemprego caiu para 5,6% no trimestre encerrado em julho, o menor nível já registrado desde o início da série histórica em 2012. O número representa uma queda significativa no contingente de desocupados, que somou 6,118 milhões de pessoas, o menor patamar desde 2013.
A população ocupada também alcançou um marco inédito, chegando a 102,4 milhões de trabalhadores, o maior nível já registrado. O índice de ocupação — que mede a proporção de pessoas em idade ativa que estão empregadas — alcançou 58,8%, consolidando o avanço do mercado de trabalho brasileiro.
Recorde de empregos formais com carteira assinada
Um dos destaques da pesquisa é o crescimento do número de empregados com carteira assinada no setor privado, que atingiu 39,1 milhões de pessoas. O número se manteve estável em relação ao trimestre anterior, mas apresentou um crescimento de 3,5% no acumulado de 12 meses, equivalente a 1,3 milhão de trabalhadores a mais.
Além disso, o contingente de trabalhadores por conta própria também registrou recorde, alcançando 25,9 milhões, com alta de 1,9% no trimestre e de 4,2% no ano. Já os empregados do setor privado sem carteira assinada permaneceram estáveis, somando 13,5 milhões.
Setores que impulsionaram a geração de empregos
Segundo a Pnad Contínua, três setores foram determinantes para o crescimento da ocupação em relação ao trimestre anterior:
- Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura: +206 mil pessoas (+2,7%)
- Informação, comunicação, atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas: +260 mil pessoas (+2,0%)
- Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde e serviços sociais: +522 mil pessoas (+2,8%)
Na comparação anual, também se destacaram:
- Indústria geral: +580 mil pessoas (+4,6%)
- Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas: +398 mil (+2,1%)
- Transporte, armazenagem e correio: +360 mil (+6,5%)
- Administração pública, saúde e educação: +677 mil (+3,7%)
Informalidade recua no trimestre
A taxa de informalidade caiu para 37,8%, contra 38% no trimestre anterior e 38,7% no mesmo período de 2024. O dado demonstra avanço gradual na formalização do mercado de trabalho, reforçado pelo recorde de empregados com carteira assinada.
Avaliação técnica e contexto econômico
Para o analista do IBGE, William Kratochwill, os números confirmam o dinamismo da economia brasileira no mercado de trabalho. Segundo ele, a queda do desemprego não se deve à saída de pessoas da força de trabalho, mas à sua absorção por setores produtivos. “As pessoas que deixam a população desocupada não estão caindo no desalento, mas realmente ingressando no mercado de trabalho”, destacou.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também celebrou os resultados em suas redes sociais, apontando que a combinação de redução do desemprego, aumento da renda e recorde de empregos formais reforça a resiliência da economia.
Concentração da geração de vagas
A divulgação da menor taxa de desemprego da história revela a força da retomada econômica, mas também expõe desafios persistentes. A informalidade ainda atinge quase quatro em cada dez trabalhadores, sinalizando a fragilidade das relações de trabalho em amplos segmentos. Outro ponto de atenção é a concentração da geração de vagas em serviços públicos e áreas específicas, o que pode indicar desequilíbrio setorial. Além disso, o crescimento do trabalho por conta própria, embora positivo, também reflete a busca por alternativas diante de limitações na absorção do mercado formal.
Principais Dados
Taxa de desemprego
- 5,6% no trimestre encerrado em julho/2025 (menor da série histórica iniciada em 2012).
- 6,118 milhões de pessoas desocupadas (menor número desde 2013).
População ocupada
- 102,4 milhões de trabalhadores ocupados (recorde).
- 58,8% de nível de ocupação (proporção da população em idade ativa que está empregada).
Emprego formal e informal
- 39,1 milhões de empregados com carteira assinada (recorde).
- Crescimento anual de 3,5% (+1,3 milhão de trabalhadores).
- 13,5 milhões de empregados sem carteira (estabilidade).
- 25,9 milhões de trabalhadores por conta própria (recorde, alta de 4,2% no ano).
- Taxa de informalidade: 37,8% (queda frente aos 38% do trimestre anterior e 38,7% em 2024).
Setores que puxaram o crescimento (trimestre anterior)
- Agricultura, pecuária, pesca e aquicultura: +206 mil pessoas (+2,7%).
- Informação, comunicação, atividades financeiras e administrativas: +260 mil (+2,0%).
- Administração pública, saúde, educação e serviços sociais: +522 mil (+2,8%).
Setores com crescimento anual
- Indústria geral: +580 mil (+4,6%).
- Comércio e reparação de veículos: +398 mil (+2,1%).
- Transporte, armazenagem e correio: +360 mil (+6,5%).
- Informação, comunicação e atividades financeiras: +480 mil (+3,8%).
-
Administração pública, saúde e educação: +677 mil (+3,7%).
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