Ministro Luís Roberto Barroso classifica como injustas sanções dos EUA contra Brasil e ministros do STF

Presidente da Corte afirma que medidas internacionais não consideram provas apresentadas no julgamento da trama golpista.
Presidente da Corte afirma que medidas internacionais não consideram provas apresentadas no julgamento da trama golpista.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, declarou nesta quarta-feira (17/09/2025) que considera injusta a decretação de sanções dos Estados Unidos contra o Brasil e ministros da Corte. O pronunciamento ocorreu no início da sessão do STF, após a conclusão do julgamento da trama golpista que resultou na condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliados.

Barroso enfatizou que o julgamento se baseou em provas, incluindo confissões relacionadas ao plano Punhal Verde Amarelo, que previa atentados contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.

“É profundamente injusto punir o Brasil, os brasileiros, as empresas brasileiras, os trabalhadores brasileiros e suas empresas por uma decisão que foi amplamente baseada em provas”, afirmou o ministro, acrescentando que a imprensa internacional acompanhou todo o processo.

Defesa da legalidade do julgamento

Barroso negou qualquer tipo de perseguição a Bolsonaro e aos demais condenados, afirmando que não houve caça às bruxas ou perseguições políticas, e que todas as decisões foram fundamentadas em evidências apresentadas durante o julgamento.

O ministro destacou que a responsabilização do ex-presidente e dos aliados respeitou o devido processo legal, com transparência e independência do Judiciário, reforçando a legitimidade das sentenças emitidas pelo STF.

Relações Brasil-EUA e chamamento ao diálogo

Barroso também mencionou seus vínculos pessoais com os Estados Unidos, país onde morou e estudou, e afirmou que o momento exige diálogo e compreensão para preservar a relação histórica e diplomática entre as nações.

“Esse é um chamamento ao diálogo e à compreensão, pelo bem dos nossos países, de uma longa amizade e da justiça”, disse o presidente do STF, defendendo a retomada da vida do país com paz e tranquilidade.

O ministro concluiu o pronunciamento reafirmando a importância de respeitar as instituições brasileiras e a independência do Judiciário, ressaltando que as sanções internacionais não devem interferir na soberania nacional nem nos trabalhos do STF.

*Com informações da Agência Brasil.


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