Pesquisas sobre lembranças de vidas passadas, como as conduzidas pelo professor Hemendra Nath Banerjee, da Universidade de Jaipur, e reunidas pelo escritor Joseval Carneiro em sua obra “10 provas científicas da vida após (ou antes) da vida”, têm alimentado um intenso debate entre ciência e espiritualidade. Relatos de crianças que demonstram habilidades incomuns — como tocar instrumentos desconhecidos, falar idiomas nunca estudados e descrever locais onde jamais estiveram — são apresentados como possíveis indícios da continuidade da consciência além da morte.
Relatos de crianças e fenômenos incomuns
Casos de crianças que manifestam aptidões extraordinárias têm intrigado tanto o público quanto estudiosos. Documentos apontam menores que, sem contato prévio, executam melodias em instrumentos musicais, reproduzem idiomas estrangeiros ou descrevem com precisão cidades e residências que nunca visitaram. Esses episódios, embora controversos, são interpretados por muitos como sinais de experiências de vidas passadas, argumento defendido por Joseval Carneiro em seus estudos.
Uma das hipóteses frequentemente levantadas para explicar tais fenômenos é o déjà vu, termo de origem francesa que designa a sensação de já ter vivido uma determinada situação. Embora comum em diversas culturas, seu enquadramento científico permanece inconcluso, deixando margem para interpretações espirituais.
A pesquisa de Banerjee na Índia
O professor Hemendra Nath Banerjee destacou-se internacionalmente por aplicar metodologia científica ao estudo de lembranças de supostas vidas anteriores. Em um dos casos investigados, Banerjee acompanhou um menino que afirmava recordar-se de uma existência anterior em uma cidade situada a 700 quilômetros de sua residência atual.
Com autorização da família, o pesquisador levou a criança até o local mencionado. Ali, o garoto identificou ruas, apontou a casa onde teria vivido e reconheceu uma mulher, a quem chamou de esposa em sua vida anterior. Dentro da residência, descreveu o quarto em que dormia e uma arca onde dizia guardar brinquedos. Para espanto dos presentes, os objetos foram encontrados exatamente como relatado.
O impacto cultural e científico
Episódios dessa natureza geram repercussões culturais e acadêmicas. Para estudiosos ligados ao espiritualismo, representam indícios da reencarnação e da chamada memória extracerebral — a ideia de que lembranças poderiam sobreviver à morte do corpo físico. Já setores céticos da comunidade científica defendem explicações alternativas, como a imaginação infantil, a sugestão inconsciente ou mesmo a criação de memórias falsas induzidas pelo ambiente.
Nesse debate, surgem ainda as referências às chamadas crianças índigo e cristal, categorias difundidas por correntes espiritualistas que atribuem a determinadas gerações maior sensibilidade espiritual ou habilidades cognitivas diferenciadas. Embora carentes de validação científica, tais conceitos ampliam o imaginário popular em torno da temática.
Autor e obra de referência
A reflexão sobre esses relatos está reunida na obra de Joseval Carneiro, intitulada “10 provas científicas da vida após (ou antes) da vida”. O livro compila casos documentados, pesquisas acadêmicas e experiências pessoais que pretendem oferecer indícios da continuidade da vida além da existência física. Ao articular dados empíricos, narrativas espirituais e relatos de diferentes culturas, Carneiro busca provocar uma reflexão crítica sobre os limites do conhecimento humano e os caminhos possíveis para compreender a relação entre corpo, mente e consciência.
Perfil do autor
Joseval Carneiro (joseval@plenus.net) é ex-diretor do DETRAN-DF e do Conselho Estadual de Trânsito da Bahia, delegado de Polícia aposentado com especialização nos Estados Unidos, membro da Associação Bahiana de Imprensa (ABI) e vice-presidente da Academia de Cultura da Bahia.
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