O presidente Luiz Inácio Lula da Silva concluiu, nesta quarta-feira (24/09/2025), sua agenda em Nova York, participando de debates sobre democracia, mudanças climáticas e preparação para a COP30, que será realizada em novembro em Belém (PA). Durante o evento, Lula anunciou o aporte de US$ 1 bilhão do Brasil no Fundo para Florestas Tropicais (TFFF), cobrou o cumprimento das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) e reforçou a defesa da soberania e das instituições democráticas brasileiras.
Fórum Democracia Sempre e críticas a Estados Unidos
Na segunda edição do evento Democracia Sempre, organizado por Brasil, Espanha, Chile, Colômbia e Uruguai, Lula destacou a importância de fortalecer a democracia e combater desigualdades e desinformação. Este ano, os Estados Unidos não foram convidados ao fórum, sob argumento de retrocessos democráticos no governo Trump. Participaram líderes de países como Canadá, México, Quênia e Senegal, além do secretário-geral da ONU, António Guterres, e representantes da União Europeia.
Defesa da democracia brasileira
Lula enfatizou que a democracia brasileira avançou com a responsabilização de um ex-presidente por atos contra o Estado Democrático de Direito. O presidente declarou que “nossa democracia e nossa soberania são inegociáveis” e criticou medidas unilaterais dos Estados Unidos contra autoridades brasileiras. Ele reforçou que a democracia se fortalece quando direitos básicos são garantidos e desigualdades são combatidas, destacando avanços do país na redução da fome e saída do Mapa da Fome da FAO.
Preparativos para a COP30 e ações climáticas
O Brasil lidera encontros paralelos à ONU para pressionar países a atualizarem suas NDCs. Até setembro de 2025, 48 países entregaram metas climáticas, menos da metade dos 198 signatários. Lula anunciou o Fundo para Florestas Tropicais (TFFF), com aporte inicial de US$ 1 bilhão, prevendo mobilizar até US$ 125 bilhões de governos e investidores privados para conservação de florestas, com pagamentos de US$ 4 por hectare preservado.
Acordos internacionais e investimentos verdes
Durante a agenda, o governo brasileiro assinou memorando de entendimento com a Califórnia, ampliando cooperação em mercados de carbono, transporte limpo e energia renovável, enquanto o Banco do Brasil captou US$ 100 milhões para o Programa Eco Invest Brasil, destinado a projetos de transição ecológica e investimentos verdes.
Defesa da paz e soluções internacionais
Lula abordou conflitos internacionais, reiterando que bombas e armas nucleares não resolvem a crise climática e cobrando soluções negociadas para Ucrânia e Oriente Médio, classificando o genocídio em Gaza como inaceitável. Ele também pediu uma reforma da ONU, incluindo ampliação do Conselho de Segurança, e criticou medidas unilaterais que comprometem o comércio global e a estabilidade econômica.
Homenagens e legados
O presidente finalizou seu discurso homenageando figuras como Pepe Mujica e o Papa Francisco, destacando a importância de líderes que defendem a democracia, a sustentabilidade e a justiça social, e reforçou que a ação coletiva é necessária para enfrentar autoritarismo, degradação ambiental e desigualdade.
*Com informações da RFI.
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