Quem é o SOPREMA Group: da fundação em Estrasburgo à inauguração da fábrica em Feira de Santana

Fundada em 1908 em Estrasburgo, a SOPREMA é um grupo familiar e independente liderado por Pierre-Étienne Bindschedler. Com mais de 130 fábricas, dezenas de subsidiárias e centros de P&D e treinamento, registrou mais de € 5 bilhões de receita em 2024. No Brasil, adquiriu Denver, Rockfibras, Pulvitec e Polipox e inaugura em 26/09/2025 uma fábrica de 56 mil m² em Feira de Santana, consolidando-se como referência industrial e logística no Nordeste.
O grupo francês SOPREMA, fundado em 1908 e líder em impermeabilização, inaugura em 26/09/2025 uma fábrica de 56 mil m² em Feira de Santana, reforçando presença no Brasil após aquisições estratégicas e ampliando atuação em P&D, logística e construção civil.

A SOPREMA Group, conglomerado francês familiar e independente fundado em 1908 em Estrasburgo (Alsácia), consolida sua expansão no Brasil com a inauguração da unidade industrial em Feira de Santana em 26 de setembro de 2025. Sob a presidência mundial de Pierre-Étienne Bindschedler (no comando desde 1992), o grupo atua em impermeabilização, coberturas e isolamento térmico e acústico, apoiado por fábricas, subsidiárias e centros de P&D em escala global.

Origens, sede e governança em Estrasburgo

Criada pelo empresário Charles Geisen, a empresa surgiu com as “Usines Alsaciennes d’Émulsions” e, em 1909, lançou a membrana Mammouth, que inspirou o acrônimo SOPREMA (Société de Produits et Revêtements d’Étanchéité Mammouth). O produto simbolizava resistência e durabilidade, características associadas ao mamute, que até hoje aparece no logotipo oficial do grupo.

O comando passou ao neto do fundador, Pierre-Étienne Bindschedler, em 1992, preservando a natureza familiar e independente do grupo. A sede corporativa permanece em Estrasburgo, em um edifício batizado de “Le Grand Charles”, referência ao fundador.

Além das unidades industriais e comerciais espalhadas pelo mundo, a holding mantém a divisão SOPREMA Entreprises — rede voltada a obras e serviços — com dezenas de agências na França e no exterior, dedicada à execução de projetos de cobertura, manutenção e modernização de edifícios.

Estrutura global e áreas de atuação

A SOPREMA figura entre os líderes mundiais do setor, com mais de 130 fábricas, cerca de 140 subsidiárias e uma presença consolidada em mais de 90 países. Em 2023, registrou € 4,84 bilhões de receita, superando a marca de € 5 bilhões em 2024, com uma força de trabalho de mais de 11 mil colaboradores.

A estrutura inclui 24 centros de P&D espalhados por diferentes continentes, voltados à pesquisa em sustentabilidade, novos materiais e tecnologias de eficiência energética. Complementam essa rede os 62 centros de treinamento, instalados em 16 países, que formam engenheiros, técnicos e aplicadores em padrões de aplicação, inspeção e manutenção.

O portfólio do grupo vai além da impermeabilização. A SOPREMA atua em:

  • Impermeabilização: membranas betuminosas, sintéticas e líquidas para diferentes tipologias de obra.
  • Isolamento térmico e acústico: soluções em lã mineral, placas de poliuretano e fibras de madeira.
  • Coberturas e fachadas: sistemas completos de envelope de edifícios, incluindo painéis e acabamentos.
  • Selantes e adesivos: linha química para fixação e vedação.
  • Geotêxteis e drenagem: produtos voltados a obras de infraestrutura e saneamento.
  • Evacuação de fumaça e segurança: dispositivos instalados em coberturas industriais e comerciais.
  • Reciclagem e sustentabilidade: fábricas dedicadas à reutilização de materiais, alinhadas às metas ambientais da União Europeia.

Presença e expansão no Brasil

A chegada ao mercado brasileiro ocorreu de forma progressiva, marcada por aquisições estratégicas. Em 2020, a SOPREMA comprou a Denver Impermeabilizantes, uma das principais fabricantes nacionais de mantas asfálticas, primers e argamassas poliméricas. Em 2022, ampliou o portfólio com a compra da Rockfibras, referência em lã de rocha. Em 2024, fortaleceu a linha química ao adquirir as empresas Pulvitec e Polipox, especializadas em adesivos, selantes e resinas epóxi.

Atualmente, o grupo possui fábricas em Suzano (SP) e unidades de apoio em Feira de Santana (BA), além de centros logísticos integrados. Essa rede permite atendimento a todo o território nacional, com ênfase em especificação técnica, treinamento de aplicadores e suporte ao pós-venda.

Feira de Santana: nova fábrica e papel logístico

O grande marco da estratégia no Brasil é a inauguração da fábrica de Feira de Santana, programada para 26/09/2025. O complexo de 56 mil m², localizado no CIS Tomba, foi planejado para transformar a cidade em hub logístico e produtivo do Nordeste.

A nova planta atenderá à demanda regional, que responde por aproximadamente 30% do consumo nacional de produtos de impermeabilização e isolamento. Além da produção local, funcionará como centro de distribuição para o Norte e Nordeste, reduzindo prazos e custos de transporte.

A implantação foi apresentada oficialmente durante a FEICON 2025, maior feira da construção civil da América Latina, e vem sendo destacada pela direção nacional, liderada por Sérgio Guerra, como parte de um plano gradual de expansão até 2026.

O que muda para o mercado e para os clientes

A nova configuração da SOPREMA no Brasil representa avanços em três dimensões principais:

  • Disponibilidade e prazos: produção regional garante menor tempo de entrega e maior competitividade.
  • Padronização técnica: integração direta aos centros globais de P&D e treinamento, permitindo atualização constante dos guias de aplicação e especificação.
  • Portfólio diversificado: consolidação de uma linha que vai da impermeabilização de fundações à proteção de fachadas, além de adesivos, resinas e isolamentos térmicos e acústicos.

Escala global

A expansão da SOPREMA no Brasil sinaliza a consolidação de um mercado ainda pulverizado, em que empresas regionais disputam espaço com multinacionais. O grupo traz consigo escala global, know-how técnico e governança sólida, mas enfrenta o desafio de adaptar seus sistemas a condições climáticas específicas do Nordeste, como alta umidade e temperaturas elevadas, além de tipologias construtivas locais.

Outro ponto crucial é a formação de mão de obra. Sem aplicadores qualificados, mesmo os melhores sistemas podem falhar. A manutenção da marca Denver, preservando catálogos e rede de aplicadores, reduz riscos de ruptura e facilita a adoção de padrões internacionais.

Se bem conduzida, a integração poderá elevar os padrões técnicos da construção civil brasileira, reduzir falhas de obra e contribuir para a sustentabilidade do setor. A nova unidade em Feira de Santana reforça esse papel, posicionando a Bahia como centro estratégico da indústria de materiais de construção.

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