William Bonner deixa o Jornal Nacional após 29 anos; César Tralli assume a bancada com Renata Vasconcellos

Na noite desta segunda-feira (01/09/2025), dia em que o Jornal Nacional celebrou 56 anos de existência, o público brasileiro acompanhou um anúncio histórico. William Bonner, âncora e editor-chefe do principal telejornal do país, revelou que deixará a função no próximo 3 de novembro, após quase três décadas à frente da bancada.

Bonner, emocionado, destacou que sua decisão vinha sendo amadurecida desde a pandemia de 2020, quando percebeu a necessidade de reequilibrar a vida pessoal e profissional.

“Eu sentia que, nos meus dias, só cabiam as coisas que eu precisava fazer. Mas ficavam de fora coisas que eu também gostaria de fazer. A conta não estava fechando”, afirmou.

Trajetória de William Bonner

Formado pela Escola de Comunicações e Artes da USP, William Bonner ingressou na TV Globo em 1986, após experiência em rádio e publicidade. Foi apresentador do SPTV, do Fantástico e do Jornal da Globo, até assumir o Jornal Nacional em 1996. Três anos depois, tornou-se editor-chefe, acumulando a responsabilidade de coordenar a maior equipe de jornalistas da televisão brasileira.

Durante 29 anos, Bonner conduziu o JN em momentos decisivos, como eleições presidenciais, coberturas internacionais de conflitos, crises políticas e a pandemia de Covid-19. A longevidade no cargo o transformou em um dos rostos mais reconhecidos e confiáveis do jornalismo brasileiro.

“Hoje, eu tenho uma história de 29 anos de Jornal Nacional. E, nessa semana, completo 26 anos como editor-chefe. O tempo que isso demanda – que não é pouco”, ressaltou.

O sucessor: César Tralli

A sucessão foi cuidadosamente preparada pela emissora. César Tralli, atualmente no Jornal Hoje, assumirá a bancada ao lado de Renata Vasconcellos. Com mais de 30 anos de carreira na Globo, Tralli já foi correspondente em Londres, apresentou o SPTV por uma década e, nos últimos anos, consolidou sua imagem nacional como âncora do JH.

Tralli reagiu ao convite com emoção:

“Me sinto extremamente honrado e, ao mesmo tempo, desafiado pela responsabilidade desta nova função. Nunca me passou pela cabeça suceder o William. Espero honrar essa missão com absoluta dedicação e serenidade”.

Reestruturação no jornalismo da Globo

A mudança na bancada do JN desencadeia uma reorganização mais ampla:

• Cristiana Sousa Cruz, editora-chefe adjunta há seis anos, será promovida a editora-chefe do telejornal.
• Roberto Kovalick deixará o Hora Um para comandar o Jornal Hoje.
• Tiago Scheuer assumirá a apresentação do Hora Um, que abre a grade diária da emissora.
• William Bonner passará a integrar o Globo Repórter, formando dupla com Sandra Annenberg em 2026.

Cristiana Sousa Cruz comemorou a ascensão:

“Assumir o comando do Jornal Nacional é uma grande honra. Trabalho na empresa há 29 anos e viver esse momento é a realização de um sonho profissional. O compromisso do JN segue inabalável: levar informação de qualidade aos milhões de telespectadores brasileiros”.

Reações da equipe e bastidores

A jornalista Renata Vasconcellos ressaltou a importância da transição: “Depois de mais de uma década de parceria incansável com William Bonner, é com imenso prazer que recebo César Tralli nessa nova etapa. Ao Bonner, minha gratidão emocionada pela confiança e inspiração. Ao Tralli, minhas boas-vindas com a certeza confortante do que virá: parceria dedicada, competente e cheia de sensibilidade”.

Já Sandra Annenberg, futura colega de Bonner no Globo Repórter, destacou a alegria da nova fase:

“Estou muito feliz com a chegada do William! Somos amigos de longa data e voltaremos a trabalhar juntos. Vai ser maravilhoso dividir essa experiência”.

O peso simbólico da mudança

O diretor-geral de jornalismo da Globo, Ricardo Villela, destacou que transições dessa natureza são planejadas com extremo cuidado:

“Mudanças na apresentação dos telejornais são tratadas com muita responsabilidade. O vínculo de confiança com o público é a prioridade. Agradeço a Bonner, Tralli, Kovalick e Scheuer pela disposição em renovar esse compromisso nas novas funções”.

Essa substituição, preparada ao longo de cinco anos, é vista como estratégica para garantir a continuidade do JN como principal telejornal do país. A emissora aposta em renovação gradual, sem rupturas, mantendo credibilidade junto ao público.

O futuro de Bonner

Bonner iniciará uma nova etapa em 2026, ao lado de Sandra Annenberg no Globo Repórter. Ele mesmo descreveu a oportunidade como a realização de um desejo antigo:

“De todos os programas do jornalismo que já existiam quando cheguei à Globo, o Globo Repórter é o único em que nunca trabalhei. Agora, vou realizar esse sonho ao lado de uma amiga de décadas”.

Com isso, o jornalista deixa o telejornalismo diário, mas continua vinculado à emissora e a projetos de grande alcance.

Fim de uma era

A saída de William Bonner representa o fim de uma era no telejornalismo brasileiro. Desde 1996, sua imagem esteve atrelada ao Jornal Nacional, símbolo da credibilidade jornalística da Globo. Sua decisão reflete não apenas um movimento pessoal, mas também o reconhecimento de que o telejornal precisa se adaptar a um ambiente midiático em transformação, marcado pelo avanço das plataformas digitais e pela fragmentação da audiência.

A escolha de César Tralli indica a estratégia da emissora de preservar a continuidade editorial, apostando em um nome experiente e já consolidado. A sucessão, preparada com antecedência, contrasta com improvisos comuns na mídia e reforça a busca da Globo por estabilidade em um momento de intensas mudanças no mercado de comunicação.

Perfeito. Estruturei abaixo a linha do tempo cronológica da carreira de William Bonner e das mudanças no jornalismo da Globo, seguida de um quadro esquemático que facilita a leitura rápida e a escaneabilidade para Google Discover.

Linha do Tempo

William Bonner e mudanças na Globo

• 1986 – Bonner ingressa na TV Globo, após atuar em rádio e publicidade.
• 1996 – Assume a bancada do Jornal Nacional, tornando-se um dos rostos mais reconhecidos da TV brasileira.
• 1999 – Passa a ser editor-chefe do telejornal, acumulando funções executivas e editoriais.
• 2000–2010 – Conduz coberturas históricas, incluindo crises políticas, eleições e fatos internacionais.
• 2014–2016 – Lidera transmissões de eventos como a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos do Rio.
• 2020 – Durante a pandemia de Covid-19, inicia reflexões sobre a necessidade de reduzir responsabilidades.
• 2021–2025 – Consolida o processo de sucessão, preparado em diálogo com a direção da Globo.
• 01/09/2025 – No aniversário de 56 anos do JN, anuncia sua saída da bancada a partir de 03/11/2025.
• 03/11/2025 – Data marcada para César Tralli assumir a apresentação ao lado de Renata Vasconcellos.
• 2026 – William Bonner estreia no Globo Repórter, em parceria com Sandra Annenberg.

Reestruturação no jornalismo da Globo (2025–2026)

• Jornal Nacional: César Tralli assume a bancada ao lado de Renata Vasconcellos.
• Editor-chefe do JN: Cristiana Sousa Cruz substitui Bonner na função executiva.
• Jornal Hoje: Roberto Kovalick deixa o Hora Um e assume o JH.
• Hora Um: Tiago Scheuer será o novo apresentador do telejornal matinal.
• Globo Repórter: William Bonner se junta a Sandra Annenberg em 2026.

Quadro esquemático

Quem sai:

• William Bonner → deixa o JN após 29 anos.

Quem entra:

• César Tralli → novo âncora do JN.
• Cristiana Sousa Cruz → nova editora-chefe do JN.
• Roberto Kovalick → novo âncora do JH.
• Tiago Scheuer → novo apresentador do Hora Um.

Quem muda de posição:

• William Bonner → Globo Repórter em 2026, ao lado de Sandra Annenberg.

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