O Flamengo chega ao Estádio Presidente Perón, o “Cilindro”, em Buenos Aires, com a vantagem do 1 a 0 conquistado sobre o Racing Club no jogo de ida das semifinais da Copa Libertadores 2025. O gol decisivo foi marcado pelo colombiano Jorge Carrascal, destaque da equipe carioca no Maracanã.
O rubro-negro tem sido presença constante nas fases finais do torneio: disputou três das últimas seis semifinais e chegou à final em todas elas, consolidando-se como potência continental. O Racing, por sua vez, retorna a esta etapa após 28 anos, desde 1997, quando foi eliminado pelo Sporting Cristal. Em toda a história, o clube argentino chegou três vezes às semifinais, avançando apenas em 1967, ano de seu título.
Histórico favorece o Flamengo, mas Racing mostra força contra brasileiros
O retrospecto geral favorece o Flamengo, com duas vitórias, quatro empates e apenas uma derrota. Os confrontos entre os clubes remontam à Supercopa de 1992 e às Libertadores de 2020, 2023 e 2025. Em cinco dos sete duelos oficiais, ambas as equipes marcaram gols, o que indica equilíbrio ofensivo.
Curiosamente, o Racing eliminou o Flamengo nas duas séries anteriores de mata-mata, mas o clube carioca nunca saiu atrás no intervalo em confrontos pela Libertadores. A estatística pesa a favor do time comandado por Tite, já que o Flamengo avançou em sete dos nove confrontos em que venceu a partida de ida como mandante.
Sob o comando de Gustavo Costas, o Racing exibe excelente desempenho contra brasileiros: oito vitórias em doze partidas, com seis triunfos nos últimos oito jogos da Libertadores. A equipe argentina se destaca pelo poder de reação e eficiência nos minutos finais, com 14 gols marcados nos segundos tempos, sendo nove nos últimos 15 minutos.
O Flamengo, por sua vez, apresenta uma das defesas mais sólidas da competição, com apenas cinco gols sofridos e nenhum nos primeiros 15 minutos. O equilíbrio defensivo é sustentado pela experiência de Léo Pereira e Fabrício Bruno, enquanto Carrascal desponta como destaque ofensivo, acumulando quatro finalizações e quatro recuperações no jogo de ida.
Palmeiras tenta reverter 0 a 3 contra a LDU Quito no Allianz Parque
No Allianz Parque, o Palmeiras enfrenta o desafio de reverter uma desvantagem considerada quase impossível na história da Libertadores. A LDU Quito venceu por 3 a 0 no jogo de ida, disputado na altitude equatoriana, e chega a São Paulo com ampla vantagem.
Na história da competição, apenas cinco equipes conseguiram avançar após perder o primeiro jogo por três ou mais gols de diferença. A LDU já esteve em situação semelhante e confirmou a vaga nas duas ocasiões anteriores em que venceu por placar elástico em casa — contra o Peñarol (2005) e o Atlético Nacional (2006).
O histórico entre os clubes mostra equilíbrio: três confrontos, com duas vitórias da LDU e uma do Palmeiras. Em todas as partidas, o vencedor foi o mandante, e os equatorianos nunca ficaram atrás no placar ao intervalo. A equipe paulista venceu o único duelo disputado no Brasil, por 2 a 0 em 2009.
LDU vive grande fase e se impõe diante dos brasileiros
Comandada por Tiago Nunes, a LDU atravessa uma das melhores fases de sua história recente: quatro vitórias consecutivas sem sofrer gols, todas contra clubes brasileiros. O goleiro Gonzalo Valle, com 49 defesas e oito partidas sem ser vazado, é um dos destaques do torneio, ao lado do defensor Ricardo Adé, responsável por 38 cortes e figura constante entre os mais eficientes da competição.
No ataque, Lisandro Alzugaray é o nome mais perigoso, com cinco gols e uma assistência, liderando a ofensiva equatoriana. Apesar do retrospecto desfavorável fora de casa — apenas duas vitórias em 21 jogos no Brasil —, a LDU demonstra confiança e consistência tática para administrar a vantagem.
Palmeiras confia em força ofensiva e retrospecto no Allianz
O Palmeiras, melhor equipe da fase de grupos com 28 pontos, 26 gols marcados e nove vitórias, aposta na força do elenco e no apoio da torcida. O Verdão venceu 11 dos últimos 12 confrontos contra clubes equatorianos e nunca empatou com eles na história da Libertadores (16 vitórias e cinco derrotas).
Os destaques ofensivos são José Manuel López, autor de sete gols, e Vitor Roque, principal finalizador da equipe, com 25 chutes no torneio. O técnico Abel Ferreira aposta na intensidade e na pressão alta para buscar uma remontada histórica, estratégia já bem-sucedida em competições anteriores.
Cenários contrastantes
As semifinais da Copa Libertadores 2025 expõem dois cenários contrastantes: o Flamengo, que reafirma sua hegemonia regional e mostra consistência tática mesmo diante de adversários tradicionalmente difíceis, e o Palmeiras, que enfrenta um dos maiores desafios de sua história recente. A LDU simboliza a ascensão das equipes equatorianas, cada vez mais competitivas no cenário sul-americano, enquanto o Racing busca retomar o protagonismo que o futebol argentino historicamente detém.
Além do valor esportivo, as partidas representam também o encontro de escolas distintas de futebol — a intensidade técnica brasileira contra a disciplina tática e emocional dos vizinhos do continente. O desfecho destas semifinais pode redefinir a hierarquia do futebol sul-americano na reta final de 2025.
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