Nesta terça-feira (07/10/2025), Dia do Algodão, a Bahia, segundo maior produtor da fibra no Brasil, reforça a verticalização da cotonicultura, com foco em transformar o algodão bruto em produtos industrializados. A estratégia é fruto da articulação entre setor produtivo, governo estadual e instituições de pesquisa, buscando gerar mais valor à produção local e fortalecer o desenvolvimento econômico regional.
Certificação e beneficiamento agregam valor à produção
O secretário da Agricultura da Bahia, Pablo Barrozo, destacou que a certificação de qualidade transforma o algodão em um ativo industrial competitivo. Por meio do Centro Tecnológico Agropecuário da Bahia (Cetab), vinculado à Seagri, o governo estadual assegura padrões de qualidade, favorecendo a instalação de plantas de beneficiamento dentro do estado.
Impactos econômicos e geração de empregos
Segundo Assis Pinheiro Filho, diretor de Desenvolvimento Agrícola da Seagri, manter o beneficiamento no território baiano permite a instalação de tecelagens e indústrias, ampliando empregos, renda e competitividade. Atualmente, grande parte do algodão é processada em outros estados, o que reduz o valor agregado local. Consolidar essa etapa internamente é estratégico para posicionar a Bahia como polo têxtil nacional.
Produtividade e expansão no Oeste baiano
O Oeste do estado, principal polo de cultivo, utiliza irrigação racional, garantindo altos índices de produtividade e expansão das áreas plantadas. Rafael Zacarias, diretor de produção da Fazenda São Francisco, destacou que tecnologia, capacitação e infraestrutura tornam a produção baiana mais competitiva, consolidando o algodão como pilar do agronegócio estadual e nacional.
Perspectiva da safra 2024/25
De acordo com a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), a Bahia deve colher cerca de 1,865 milhão de toneladas de algodão em 2025, um crescimento de 5,4% em relação a 2024. O estado representa 19,6% da produção nacional, permanecendo atrás apenas de Mato Grosso.
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