A Bahia já investiu R$ 20,2 bilhões desde o início da gestão do governador Jerônimo Rodrigues, em 2023, segundo levantamento da Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz-BA). O montante, somando R$ 16,08 bilhões nos dois primeiros anos e R$ 4,12 bilhões apenas entre janeiro e agosto de 2025, representa o maior volume de investimentos estaduais nas últimas décadas em uma gestão de primeiro mandato. O governo mantém, paralelamente, um baixo perfil de endividamento, com dívida pública equivalente a apenas um terço da receita estadual.
Investimentos concentrados em áreas sociais e infraestrutura
De acordo com a Sefaz-BA, o governo destinou R$ 26,7 bilhões às áreas sociais — saúde, educação e segurança pública — até setembro deste ano, superando os R$ 25,3 bilhões do mesmo período de 2024. O crescimento nominal de 5,7% confirma a manutenção do ritmo de desembolsos e o compromisso do Estado em preservar os serviços públicos essenciais. A Bahia deve ultrapassar, até o fim de 2025, os limites constitucionais de aplicação mínima em saúde e educação, segundo a secretaria.
O governador Jerônimo Rodrigues destacou que os números refletem a política de equilíbrio fiscal e expansão social.
“São investimentos que se materializam em entregas concretas em todas as regiões do estado, especialmente em saúde, educação e infraestrutura. Nosso compromisso é combinar qualidade de vida com boa gestão das contas públicas”, afirmou.
Entre as ações destacadas estão a implantação de novos hospitais e policlínicas, a expansão da rede de escolas em tempo integral, a criação de companhias de polícia e bombeiros e a modernização de equipamentos urbanos. Além disso, o Estado tem direcionado recursos para rodovias, obras estruturantes e ações de combate à seca no semiárido, ampliando a capacidade de resiliência hídrica das comunidades afetadas.
Dívida pública em nível seguro
O secretário da Fazenda, Manoel Vitório, ressaltou que o baixo endividamento da Bahia é um dos pilares da solidez fiscal do Estado. A relação entre dívida corrente líquida e receita corrente líquida caiu de 37% para 33% ao longo de 2025 — valor muito inferior ao limite de 200% fixado pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
“Mesmo com novas operações de crédito e o aumento das despesas com precatórios, a Bahia segue com dívida sob controle e finanças equilibradas”, afirmou Vitório.
Segundo ele, o rigor no pagamento das amortizações, aliado ao crescimento da arrecadação e à modernização do fisco, tem garantido a sustentabilidade das contas públicas.
Comparativamente, os estados mais ricos e industrializados apresentam índices de endividamento muito superiores: Rio de Janeiro (202%), Rio Grande do Sul (177%), Minas Gerais (150%) e São Paulo (121%), conforme dados do Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro (Siconfi), do Tesouro Nacional.
Receita em expansão e eficiência fiscal
Nos últimos anos, a Bahia vem ampliando sua participação na arrecadação nacional do ICMS, resultado da eficiência na fiscalização, combate à sonegação e inovação tecnológica da Sefaz-BA. Essa combinação de gestão responsável e política de investimentos robusta tem sustentado o crescimento econômico regional sem comprometer o equilíbrio fiscal.
O modelo baiano é considerado referência nacional por conciliar expansão de investimentos públicos, responsabilidade fiscal e fortalecimento das áreas sociais, mesmo em um cenário de restrição orçamentária e alta de juros no país.
Capacidade administrativa e disciplina orçamentária
A atual política fiscal do governo baiano demonstra capacidade administrativa e disciplina orçamentária, sustentando um modelo de desenvolvimento inclusivo sem gerar pressões excessivas sobre o endividamento. Entretanto, a sustentabilidade desse ritmo de investimentos dependerá da manutenção da arrecadação, do comportamento da economia nacional e das transferências federais. A continuidade dessa trajetória poderá consolidar a Bahia como um dos estados mais equilibrados fiscalmente do país, desde que as receitas acompanhem a expansão dos gastos sociais e de infraestrutura.
Principais Dados
1. Dados gerais de investimento
- Total investido desde 2023: R$ 20,2 bilhões
- Período 2023–2024: R$ 16,08 bilhões
- Período janeiro–agosto de 2025: R$ 4,12 bilhões
- Fonte: Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia (Sefaz-BA)
- Contexto: Maior volume de investimento nas últimas décadas em início de gestão estadual
2. Equilíbrio fiscal e dívida pública
- Dívida pública estadual: equivalente a 33% da receita corrente líquida (RCL)
- Início de 2025: 37% → queda de 4 pontos percentuais
- Limite máximo da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF): 200% da RCL
- Comparação com outros estados:
- Rio de Janeiro: 202%
- Rio Grande do Sul: 177%
- Minas Gerais: 150%
- São Paulo: 121%
- Situação da Bahia: uma das menores dívidas relativas entre os estados brasileiros
3. Investimentos em áreas sociais
- Total destinado às áreas sociais em 2025 (até setembro): R$ 26,7 bilhões
- Valor em 2024 (mesmo período): R$ 25,3 bilhões
- Crescimento nominal: 5,7%
- Áreas contempladas:
- Saúde: novas unidades, hospitais e policlínicas regionais
- Educação: expansão da rede de escolas em tempo integral e novos equipamentos escolares
- Segurança pública: novas companhias de polícia e bombeiros
4. Investimentos em infraestrutura
- Eixos principais:
- Rodovias estaduais e corredores logísticos
- Equipamentos urbanos em cidades médias e pequenas
- Obras hídricas e projetos de convivência com a seca no semiárido baiano
- Objetivo: aumentar a capacidade de resiliência das regiões afetadas e estimular o desenvolvimento regional
5. Arrecadação e eficiência fiscal
- Crescimento contínuo da receita estadual
- Ampliação da participação baiana no ICMS nacional
- Motivos:
- Modernização do fisco
- Combate à sonegação
- Gestão eficiente da arrecadação tributária
- Resultado: fortalecimento da capacidade de investimento e manutenção da solidez fiscal
6. Indicadores de desempenho
- Crescimento dos investimentos públicos: maior patamar em início de mandato em décadas
- Cumprimento dos limites constitucionais: saúde e educação acima do mínimo exigido
- Perfil de endividamento: controlado e em trajetória de queda
- Sustentabilidade fiscal: mantida com expansão de investimentos
7. Análise e perspectivas
- Pontos fortes:
- Equilíbrio fiscal consistente
- Capacidade de investir em setores estratégicos
- Responsabilidade na gestão da dívida
- Desafios:
- Manter ritmo de arrecadação e receitas próprias
- Evitar dependência de transferências federais
- Sustentar crescimento com prudência orçamentária
Share this:
- Click to print (Opens in new window) Print
- Click to email a link to a friend (Opens in new window) Email
- Click to share on X (Opens in new window) X
- Click to share on LinkedIn (Opens in new window) LinkedIn
- Click to share on Facebook (Opens in new window) Facebook
- Click to share on WhatsApp (Opens in new window) WhatsApp
- Click to share on Telegram (Opens in new window) Telegram
Relacionado
Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)
Subscribe to get the latest posts sent to your email.




