O Governo Federal deve liberar cerca de R$ 3 bilhões em emendas do Ministério da Saúde como gesto de aproximação à base aliada no Congresso Nacional. A liberação ocorre após a derrota do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em uma medida provisória que tratava do aumento de impostos. Do valor total, R$ 320 milhões serão destinados à oposição.
Destinação das emendas e contexto político
Segundo apuração da jornalista Natalia Portinari, publicada no portal UOL, os recursos deverão ser aplicados em obras e compra de equipamentos na área da saúde. A decisão é vista como uma sinalização política para garantir apoio à tramitação de projetos prioritários do governo e à aprovação do Orçamento de 2026.
De acordo com as regras das emendas parlamentares, pelo menos 50% dos recursos devem ser destinados ao setor da saúde. Em 2025, R$ 18,3 bilhões foram aplicados na área, enquanto outros R$ 11,7 bilhões foram direcionados a outros setores. O total de emendas previstas no Orçamento Federal é de R$ 50 bilhões, atualmente sob análise do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu o pagamento automático dessas verbas.
Estratégia fiscal e próximas etapas no Congresso
Até o fim do ano legislativo, o governo pretende aprovar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e discutir projetos para aumento de arrecadação e controle de gastos públicos. A equipe econômica avalia que a recomposição de alianças políticas é essencial para viabilizar as votações e garantir equilíbrio fiscal.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na terça-feira (21/10/2025) que o governo enviará ao Congresso dois projetos de lei em substituição à medida provisória retirada de pauta sobre o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O primeiro texto tratará da taxação de plataformas de apostas (bets) e fintechs, enquanto o segundo abordará cortes de gastos.
Declarações de Haddad e alinhamento político
“Alguns deputados se dispuseram a incluir em projetos já em tramitação temas de arrecadação e controle fiscal”, disse Haddad.
O ministro destacou que, após 120 dias da retirada da medida, há disposição do Congresso para votar ao menos o projeto sobre controle de gastos. A declaração foi interpretada como um movimento de conciliação com o Legislativo após semanas de impasse político.
Panorama internacional e relações estratégicas
Paralelamente, o governo busca fortalecer relações internacionais dentro do eixo Sul-Sul, com foco em reduzir a dependência econômica do Ocidente. O presidente Lula e o presidente da Indonésia, Prabowo Subianto, participaram juntos de uma cerimônia em Jacarta (24/10/2025), reforçando a cooperação bilateral entre Brasil e Indonésia.
*Com informações da Sputnik News.
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