OMS estima custo de US$ 7 bilhões para reconstrução do setor de saúde em Gaza

Agência alerta sobre falta de profissionais, hospitais inoperantes, desnutrição e impacto humanitário na Faixa de Gaza.
Agência alerta sobre falta de profissionais, hospitais inoperantes, desnutrição e impacto humanitário na Faixa de Gaza.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou, nesta quarta-feira (09/10/2025), que a reconstrução do setor de saúde em Gaza exigirá mais de US$ 7 bilhões. A diretora regional da agência para o Mediterrâneo Oriental, Hanan Balkhy, destacou que o investimento é essencial para restaurar o funcionamento dos hospitais e garantir estabilidade e acesso a cuidados médicos para a população afetada pelos conflitos desde outubro de 2023.

Impacto sobre profissionais de saúde

Mais de 1,7 mil profissionais de saúde em Gaza foram mortos desde outubro de 2023, incluindo médicos, enfermeiros e paramédicos. Balkhy alertou que os profissionais que permanecem na região necessitam de proteção, remuneração e apoio psicossocial. A prioridade imediata é restaurar hospitais, treinar novos profissionais e reintegrar aqueles deslocados pelo conflito.

Condições dos centros de saúde

Dos 36 centros de saúde da região, apenas 14 estão parcialmente operacionais, enfrentando escassez de eletricidade, água potável, medicamentos e equipamentos. A OMS fornece combustível para manter cirurgias, cuidados neonatais e cadeias de frio de vacinas, garantindo operação mínima das instalações. Algumas unidades foram atingidas e reabilitadas mais de uma vez devido aos bombardeios.

Crise alimentar e desnutrição

A agência destacou a urgência de suprimentos essenciais como antibióticos e curativos. Segundo autoridades de saúde palestinas, 455 pessoas, incluindo 151 crianças, morreram de desnutrição desde janeiro. Mais de um milhão de pessoas sofrem de insegurança alimentar grave, e sete em cada 10 gestantes e lactantes estão gravemente desnutridas, com aumento de doenças infecciosas e nascimento de bebês abaixo do peso ou prematuros.

Condições de vida e infraestrutura

A Cidade de Gaza está praticamente deserta, com bairros residenciais destruídos e milhares de civis fugindo para o sul. O bloqueio da estrada costeira Al-Rasheed pelas forças israelenses impede a entrada de ajuda humanitária e mercadorias, paralisando o comércio local. Mercados e praças centrais, antes ocupados, agora permanecem vazios, com poucas famílias vivendo em condições perigosas após evacuações forçadas.

*Com informações da ONU News.


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