Polícia Civil investiga empresária e influenciadora por rifas ilegais e lavagem de dinheiro em Vitória da Conquista

A Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão contra uma empresária e influenciadora digital em Vitória da Conquista, suspeita de promover rifas ilegais e lavar dinheiro por meio de uma loja de roupas. Foram apreendidos equipamentos eletrônicos e bloqueados bens e contas bancárias. As investigações continuam sob responsabilidade do DEIC, com apoio da 3ª Vara Criminal.
Ação da Polícia Civil cumpre mandados em condomínio de luxo e loja no centro da cidade de Vitória da Conquista; apreensões incluem celulares, computadores e bloqueio de contas.

Uma empresária do ramo da moda e influenciadora digital, de 46 anos, foi alvo, nesta terça-feira (28/10/2025), de mandados de busca e apreensão cumpridos pela Polícia Civil da Bahia, em Vitória da Conquista, no sudoeste do estado. As ações ocorreram em um condomínio residencial no bairro Alto da Boa Vista e em uma loja de roupas na Avenida Lauro de Freitas, ambos de propriedade da investigada.

De acordo com as investigações, a mulher mantinha perfis nas redes sociais com mais de 100 mil seguidores, utilizados para promover rifas ilegais e jogos de azar virtuais. Os valores arrecadados nessas atividades eram supostamente lavados por meio da loja de vestuário, que funcionava como fachada comercial.

Mandados e bloqueio de bens

Durante a operação, foram apreendidos quatro celulares, dois computadores e um tablet, que serão submetidos à perícia técnica. O material coletado servirá para identificar possíveis vítimas e quantificar os valores movimentados.

A Justiça determinou o bloqueio de contas bancárias, aplicações financeiras e bens vinculados à empresária. As medidas fazem parte da estratégia de interromper o fluxo financeiro das atividades suspeitas e garantir a rastreabilidade dos recursos ilícitos.

Ação coordenada e investigação em curso

A operação foi conduzida pela Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR) de Vitória da Conquista, unidade vinculada ao Departamento Especializado de Investigações Criminais (DEIC). As ordens judiciais foram expedidas pela 3ª Vara Criminal do município.

Segundo fontes ligadas à investigação, a apuração começou após denúncias de seguidores e de participantes das rifas que não receberam os prêmios prometidos. A partir da análise de transações bancárias e de postagens nas redes sociais, a polícia reuniu indícios de organização voltada à exploração de jogos de azar na internet, prática considerada crime pela legislação penal brasileira.

Plataformas para práticas ilícitas

O caso evidencia como as redes sociais se tornaram plataformas para práticas ilícitas de fácil disfarce, principalmente quando associadas à imagem de influenciadores com grande alcance digital. A fronteira entre o marketing e o crime financeiro é cada vez mais tênue, exigindo ações coordenadas entre polícia, Ministério Público e empresas de tecnologia para conter a proliferação de esquemas de rifas, sorteios e apostas não autorizadas. O episódio reforça também a necessidade de educação digital e financeira, especialmente entre os seguidores dessas figuras públicas, que muitas vezes são vítimas de fraudes travestidas de promoções.

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