Avenida Brasil é fechada durante operação no Rio de Janeiro; Veículos incendiados, tiroteios e 318 toneladas de barricadas removidas

Forças de segurança avançam no Complexo de Israel durante a Operação Barricada Zero.
Forças de segurança avançam no Complexo de Israel durante a Operação Barricada Zero.

A Avenida Brasil foi interditada na quinta-feira (27/11/2025) durante o quarto dia da Operação Barricada Zero, realizada pela Polícia Militar do Rio de Janeiro em várias comunidades e no Complexo de Israel, na Cidade Alta, em Cordovil. A medida ocorreu de forma preventiva para impedir disparos de integrantes do Terceiro Comando Puro (TCP) contra ônibus que circulavam pela via, segundo informações das equipes de segurança.

A operação teve início na madrugada, quando policiais fecharam os dois sentidos da via expressa por cerca de 40 minutos. A ação ocorreu após episódios anteriores em que criminosos atiraram de pontos elevados da comunidade, resultando na morte de um trabalhador. A interrupção do trânsito permitiu o avanço das equipes até a área de conflito.

Com a chegada da PM ao Complexo de Israel, criminosos reagiram com disparos, incendiaram barricadas e atearam fogo em veículos para dificultar a movimentação dos agentes. Quatro unidades de saúde da Cidade Alta suspenderam temporariamente o atendimento devido aos confrontos.

Tiros contra ônibus e atuação da coordenação

A região está sob o comando de Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como Peixão, apontado como responsável por orientar ataques a ônibus para desviar a ação policial. Durante coletiva, o coordenador da operação, Edu Guimarães, afirmou que algumas comunidades já estão sem barricadas e que o monitoramento conjunto entre Estado, município e população será mantido por meio do Disque Denúncia, canal que está preparado para receber informações que auxiliem na continuidade da estratégia.

Ele destacou que a manutenção das vias desobstruídas depende do acompanhamento permanente, reforçando a necessidade de participação da população.

Retirada de materiais e ampliação da operação

Ao longo do dia, as equipes removeram 318 toneladas de materiais utilizados como barricadas em áreas da zona norte do Rio e em municípios como São Gonçalo, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Japeri, Mesquita e Queimados. Em quatro dias, a ação coordenada pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) já totaliza 1.500 toneladas de obstáculos removidos, ampliando a circulação da população e reduzindo a influência de organizações criminosas.

Em Campinho, criminosos tentaram impedir o avanço policial e chegaram a atirar contra os agentes. Na Cidade Alta, incêndios em pneus e outros objetos foram registrados. Segundo o secretário de Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes, houve confrontos nas comunidades do Campinho e do Fubá, mas as áreas foram estabilizadas e liberadas para trabalho das equipes.

Veículos incendiados e prisões

No entorno da Cidade Alta, oito veículos incendiados utilizados como barricadas foram retirados. A PM também prendeu dois suspeitos, que portavam dois fuzis durante a ofensiva.

A Polícia Civil reforça investigações relacionadas à operação. A corporação prendeu dois envolvidos no ataque contra um servidor da prefeitura que atuava na retirada de barricadas no Corte Oito, em Duque de Caxias, na terça-feira (25/11/2025), segundo dia da operação.

O diretor do Departamento Geral de Polícia da Baixada Fluminense, delegado Gabriel Ferrando, afirmou que os dois suspeitos foram presos em menos de 24 horas após o ataque e que as apurações sobre os demais fatos vinculados à operação continuarão.

*Com informações da Agência Brasil.


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