Com as candidaturas à Presidência do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) oficialmente confirmadas, a eleição marcada para 19 de novembro de 2025 colocará frente a frente dois perfis opostos de gestão. De um lado, Jatahy Júnior, identificado com a inovação e a eficiência administrativa; de outro, José Rotondano, associado à visibilidade pública e à articulação política. O resultado definirá o rumo institucional do TJBA no biênio 2026–2028, em uma disputa que simboliza visões divergentes sobre o papel do Judiciário baiano.
Jatahy Júnior propõe inovação e gestão técnica no TJBA
À frente de um grupo que prega inovação, descentralização e aperfeiçoamento da gestão pública, o desembargador Jatahy Júnior desponta como o nome que defende a modernização do Judiciário baiano.
Com mais de quatro décadas de magistratura, Jatahy construiu reputação baseada na eficiência técnica e na aproximação com a primeira instância, priorizando resultados concretos e o fortalecimento institucional. Durante sua atuação na Corregedoria das Comarcas do Interior, percorreu o interior do estado, identificando gargalos estruturais e promovendo ações voltadas à celeridade processual e à melhoria das condições de trabalho de juízes e servidores.
Interiorização da formação e valorização do servidor
À frente da Universidade Corporativa do Judiciário da Bahia (UNICORP), Jatahy promoveu uma política de interiorização do conhecimento, levando cursos e capacitações para comarcas distantes da capital. O modelo reduziu custos, aumentou a participação de servidores e magistrados e reforçou a ideia de que a formação continuada é essencial à qualidade da prestação jurisdicional.
Sua visão administrativa, centrada na tecnologia, na transparência e na eficiência, busca aproximar o Judiciário do cidadão, com decisões mais rápidas e acessíveis.
José Rotondano aposta na visibilidade e articulação política
Do outro lado, o desembargador José Rotondano, ex-presidente do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) e ex-integrante do Ministério Público, representa uma vertente de gestão baseada na exposição pública e no poder de articulação política.
Conhecido pela presença constante em eventos e pela facilidade de comunicação, Rotondano é reconhecido por sua habilidade em ocupar espaços de visibilidade e manter interlocução próxima com lideranças políticas e empresariais.
Sua trajetória, marcada por uma postura de projeção institucional, encontra apoio entre setores que valorizam o protagonismo midiático como ferramenta de fortalecimento do Judiciário. No entanto, entre magistrados e servidores, há quem veja nesse modelo risco de personalização excessiva do poder e de enfraquecimento da gestão técnica.
TJBA decide entre dois modelos de poder
Com 63 desembargadores aptos a votar, a eleição do dia 19 de novembro será decisiva para definir o futuro administrativo e político do Tribunal de Justiça da Bahia.
A disputa coloca frente a frente dois modelos distintos de liderança: um voltado à inovação, descentralização e valorização do corpo técnico, representado por Jatahy Júnior; outro centrado na articulação política e na visibilidade pública, encarnado por José Rotondano.
Mais do que uma escolha pessoal, trata-se de um referendo sobre a direção institucional do Judiciário baiano nos próximos anos.
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