DNIT intensifica ações de recuperação e prevê liberação parcial da Rodovia BR-116 entre Araci e Tucano

O DNIT intensificou as ações emergenciais para recuperar o trecho rompido da BR-116 entre Araci e Tucano, no km 296, após as fortes chuvas de novembro. A autarquia desobstruiu o bueiro, recompôs o aterro e prevê liberar parcialmente a pista ainda hoje, com fluxo normalizado até segunda-feira. A PRF controla o tráfego, enquanto motoristas utilizam rotas alternativas pelas BAs 233 e 084. Seinfra e DNIT seguem monitorando a área.
Trecho da BR-116, na altura do km 296, em Tracupá (Araci–Tucano), segue em obras emergenciais após o rompimento da pista provocado pelas fortes chuvas de novembro de 2025. Equipes do DNIT, Seinfra e PRF atuam no local.

 O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) intensificou, nesta sexta-feira (21/11/2025), os trabalhos emergenciais para recuperar o trecho da BR-116 que rompeu nas proximidades de Tracupá, entre Araci e Tucano, após as fortes chuvas que atingiram a região. O incidente ocorreu no km 296, onde o carreamento de sedimentos obstruiu o bueiro e levou ao colapso do aterro, interrompendo parcialmente o fluxo de veículos em uma das principais rodovias do país.

A Secretaria de Infraestrutura da Bahia (Seinfra) acompanha a situação desde os primeiros registros, articulando ações com o órgão federal. Segundo o DNIT, equipes técnicas já realizaram a desobstrução do bueiro e atuam na recomposição do aterro com pedra rachão, procedimento essencial para garantir estabilidade ao local antes da reabertura do tráfego.

A previsão inicial é concluir ainda hoje os serviços emergenciais necessários para permitir a liberação parcial da pista, com trânsito controlado. A expectativa do órgão é restabelecer integralmente o fluxo até segunda-feira (24), caso as condições climáticas permaneçam favoráveis. Enquanto isso, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) mantém o ordenamento do tráfego e reforça orientações de segurança aos motoristas.

Alternativas de desvio e impacto à mobilidade regional

Com o bloqueio temporário da BR-116, motoristas que trafegam pela região devem utilizar rotas alternativas. As principais opções indicadas pelas autoridades são:

  • BA-233, passando por Serrinha, Biritinga, Nova Soure e Ribeira do Pombal, até o entroncamento com a BR-110;
  • BA-084, também via Biritinga, seguindo para Nova Soure, BR-110 e BR-410, com chegada a Tucano.

Essas rotas ampliam a segurança viária durante a execução dos serviços e reduzem o acúmulo de veículos na área em manutenção. A região do sisal depende fortemente do corredor logístico formado pela BR-116, que reúne transporte de cargas, deslocamento de trabalhadores e circulação intermunicipal, o que reforça a necessidade de resposta rápida por parte do poder público.

Monitoramento e ações preventivas

Equipes do DNIT permanecem no local realizando avaliações geotécnicas contínuas e monitorando a estabilidade do solo, uma vez que as chuvas acumuladas ainda representam risco de novos deslocamentos. A Seinfra monitora outros pontos da região para evitar que situações semelhantes comprometam o tráfego ou provoquem novos rompimentos.

Os técnicos avaliam ainda a necessidade de intervenções estruturais adicionais após a liberação emergencial, como ampliação da seção do bueiro, reforço do sistema de drenagem e correções definitivas no aterro — medidas que podem ser programadas para etapas posteriores, com menor impacto ao fluxo rodoviário.

Análise crítica: desafios estruturais da infraestrutura rodoviária e resposta governamental

O episódio revela, mais uma vez, a vulnerabilidade de trechos estratégicos da malha rodoviária nacional diante de chuvas intensas. Estradas como a BR-116, fundamentais para o transporte de longo curso, ainda dependem de estruturas antigas de drenagem e aterros suscetíveis a erosão. A resposta rápida do DNIT e da Seinfra demonstra integração institucional, mas evidencia a necessidade de políticas mais robustas de prevenção, manutenção contínua e modernização dos pontos críticos.

O avanço de eventos climáticos extremos torna obrigatório um planejamento de longo prazo, com sistemas de drenagem ampliados, reforço de estruturas e monitoramento permanente das áreas mais suscetíveis a colapsos. A manutenção emergencial garante a fluidez imediata, mas a segurança de longo prazo exige investimentos estruturais constantes e fiscalização rigorosa.


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