A Organização das Nações Unidas (ONU) voltou a alertar sobre os riscos das armas nucleares e reforçou a necessidade de manter a moratória informal sobre ensaios nucleares, diante de declarações que indicam possível reativação de testes em alguns países. O vice-porta-voz do secretário-geral, Farhan Haq, ressaltou que os testes nucleares não podem ser permitidos em nenhuma circunstância.
Perigos do erro de cálculo e escalada internacional
Haq afirmou que qualquer ação nuclear destinada à dissuasão pode gerar erros de cálculo entre Estados, provocando escaladas rápidas e imprevisíveis. A ONU reforçou a importância de preservar mecanismos de confiança e diálogo, a fim de evitar crises com impactos catastróficos para a humanidade.
O histórico de mais de 2 mil ensaios nucleares realizados em oito décadas foi citado como alerta para os efeitos duradouros de tais práticas. Um exemplo citado inclui testes realizados em ilha da Polinésia Francesa em 1971.
Tratado de Proibição Completa dos Ensaios Nucleares
Robert Floyd, secretário executivo da Organização do Tratado de Proibição Completa dos Ensaios Nucleares (CTBTO), destacou que o tratado proíbe todas as detonações nucleares e conta com uma rede capaz de detectar qualquer ensaio globalmente. Floyd convocou líderes mundiais a avançarem na ratificação do tratado, transformando a proibição em norma universal e fortalecendo a confiança internacional.
Responsabilidade global e desarmamento
A ONU reiterou que a contenção atual é essencial para evitar consequências incalculáveis futuras. O alerta combina recomendações técnicas e políticas, estimulando Estados a priorizarem desarmamento e diplomacia, mantendo os mecanismos de prevenção de ensaios nucleares e proliferação.
*Com informações da ONU News.
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