Secretário-geral da ONU defende “década de aceleração” climática e chama líderes locais à ação na Cúpula Mundial de Prefeitos C40 no Rio de Janeiro

Secretário-geral da ONU reforça papel das cidades na transição verde e alerta para os riscos de manter investimentos em combustíveis fósseis.
Secretário-geral da ONU reforça papel das cidades na transição verde e alerta para os riscos de manter investimentos em combustíveis fósseis.

Durante a Cúpula Mundial de Prefeitos C40, aberta na segunda-feira (03/11/2025), no Rio de Janeiro, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, defendeu a implementação de uma “década de aceleração” climática e pediu uma ação mais ambiciosa e coordenada para enfrentar a crise ambiental global. Segundo ele, “continuar a investir em combustíveis fósseis é um beco sem saída”.

Cidades e a transição verde

Com a COP30 se aproximando, Guterres destacou que o encontro deve marcar um novo marco global para a redução de emissões e adaptação climática, ressaltando o papel das cidades e dos líderes locais na transformação energética.

Ele afirmou que administrações municipais e regionais têm liderado a mudança, muitas vezes à frente dos governos federais, ao investir em tecnologias verdes, reduzir a poluição e proteger comunidades vulneráveis. Segundo o secretário-geral, as energias renováveis impulsionam o crescimento econômico, geram milhões de empregos e tornam o acesso à energia mais viável e inclusivo.

Desafios e compromissos urgentes

Apesar dos avanços, Guterres alertou que o esforço atual ainda é insuficiente para limitar o aquecimento global a 1,5°C, e que o “fosso das emissões” continua aberto, ameaçando comunidades em todo o mundo. Ele defendeu medidas urgentes de mitigação e adaptação, priorizando investimentos que garantam resiliência e sustentabilidade.

O líder da ONU também ressaltou a importância da cooperação entre governos e autoridades locais para transformar compromissos climáticos em resultados mensuráveis, indicando que a liderança local será essencial para o êxito das políticas globais.

Da ambição à ação: uma década decisiva

Em seu discurso, Guterres reforçou que a transição energética deve ser justa e inclusiva, assegurando empregos e dignidade às populações afetadas. Ele mencionou o Acordo de Paris e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), ambos de (2015), como referências para uma nova etapa de solidariedade internacional e coragem política.

Encerrando sua fala, o secretário-geral afirmou que “há uma década, uma liderança ousada resultou no Acordo de Paris; agora, precisamos da mesma determinação para fazer da revolução das energias limpas o motor da justiça climática”.

*Com informações da ONU News.


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