STF suspende ações de indenização por atrasos e cancelamentos de voos em casos de força maior

Decisão paralisa processos no país até julgamento definitivo sobre responsabilidade das companhias aéreas.
Decisão paralisa processos no país até julgamento definitivo sobre responsabilidade das companhias aéreas.

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou na quarta-feira (26/11/2025) a suspensão nacional de processos judiciais que tratam de indenizações por atrasos e cancelamento de voos motivados por força maior, como condições climáticas adversas. A medida vale até decisão final da Corte sobre a validade dessas ações.

Segundo o STF, a determinação foi tomada em recurso relacionado a condenação da Azul Linhas Aéreas, imposta pela Justiça do Rio de Janeiro, por danos morais e materiais após atraso e alteração de voo. O caso levou ao entendimento de que é necessária uniformização jurisprudencial para garantir previsibilidade nas decisões envolvendo companhias aéreas.

Toffoli destacou que o aumento da litigiosidade no setor aéreo e a existência de decisões divergentes comprometem a segurança jurídica, o que exige análise abrangente pela Corte. A suspensão temporária tem o objetivo de evitar decisões conflitantes enquanto o STF examina o tema de forma definitiva.

Alcance da decisão e impacto sobre os processos

A suspensão atinge todas as ações que discutem pedidos de indenização relacionados a atrasos ou cancelamentos decorrentes de força maior, independentemente da fase processual. Com isso, processos em andamento nas instâncias estaduais e federais ficam paralisados até o julgamento conclusivo.

O STF esclarece que a medida não impede que novos processos sejam protocolados, mas determina que eles permaneçam suspensos enquanto perdurar a análise do recurso. O objetivo é evitar decisões contraditórias que possam gerar desequilíbrio jurídico entre consumidores e empresas.

O caso envolve discussão sobre critérios de responsabilidade das companhias aéreas quando eventos externos inviabilizam o cumprimento de horários ou itinerários, tema que já gerou entendimentos divergentes nos tribunais.

Argumentos apresentados e próximos passos

Na decisão, Toffoli mencionou a necessidade de solução definitiva diante do cenário de múltiplas ações e da possibilidade de litigância predatória. O ministro afirmou que o julgamento final permitirá a definição de parâmetros para aplicação da legislação em casos de força maior.

Não há prazo definido para o julgamento do mérito pelo Plenário do STF. Quando apreciado, o resultado terá repercussão direta sobre milhares de processos que aguardam definição sobre responsabilidade, indenização e limites de atuação das companhias aéreas.

Enquanto a decisão não é proferida, os tribunais deverão observar integralmente a determinação de suspensão, aguardando a análise definitiva pela Corte.

*Com informações da Agência Brasil.


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