O Tribunal Superior do Trabalho (TST) escolheu, nesta terça-feira (11/11/2025), as três magistradas que compõem a lista tríplice para vaga de ministra da Corte, destinada à magistratura de carreira. A vaga foi aberta com a aposentadoria do ministro Aloysio Corrêa da Veiga, e a seleção marcou um fato inédito: todas as indicadas são mulheres.
As magistradas selecionadas pelo Pleno do TST, em votação secreta, foram Margareth Rodrigues Costa, do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (Bahia); Maria de Nazaré Medeiros Rocha, do TRT da 8ª Região (Pará e Amapá); e Márcia Regina Leal Campos, do TRT da 1ª Região (Rio de Janeiro).
A escolha da lista tríplice reflete o reconhecimento da atuação feminina no Judiciário trabalhista, tradicionalmente marcado pela presença majoritária de magistrados homens em suas instâncias superiores.
Processo de escolha e próximos passos
Em outubro de 2025, a Presidência do TST recebeu 23 inscrições, sendo oito desembargadoras e quinze desembargadores de Tribunais Regionais do Trabalho interessados em concorrer à vaga. Após análise curricular e votação, o Pleno definiu a lista final, que será submetida ao presidente da República, responsável pela indicação oficial.
A candidata escolhida deverá passar por sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal. Após a aprovação pela Comissão, o nome seguirá para votação no plenário do Senado, etapa final antes da nomeação presidencial e da posse como ministra do TST.
Representatividade e renovação no TST
A composição exclusivamente feminina da lista tríplice tem sido interpretada como sinal de avanço na representatividade de gênero no Judiciário. Atualmente, o TST conta com apenas quatro ministras entre seus 27 membros. A inclusão de mais uma mulher representa uma ampliação simbólica e institucional da presença feminina nas cúpulas do Poder Judiciário.
Nos últimos anos, o Tribunal tem buscado estimular maior diversidade em suas composições, valorizando a trajetória de magistradas com atuação destacada nas regiões Norte, Nordeste e Sudeste, como é o caso das indicadas nesta lista.
histórica e simbólica
A decisão do TST de formar uma lista exclusivamente feminina é histórica e simbólica, mas também estratégica. O ato sinaliza comprometimento institucional com a equidade de gênero, tema recorrente em debates sobre modernização e transparência no Judiciário. Ainda assim, a escolha final caberá ao presidente da República, que pode optar por uma das três candidatas, considerando tanto critérios técnicos quanto aspectos políticos.
Esse processo reflete o equilíbrio delicado entre mérito e conveniência política que marca as nomeações para os tribunais superiores no Brasil. A eventual nomeação de uma nova ministra reforçará a diversificação regional e de gênero, fortalecendo a representatividade do TST no contexto nacional.
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