Bahia alcança R$ 20,2 bilhões em investimentos desde 2023 e confirma predominância de recursos próprios sobre operações de crédito, diz Governo Jerônimo

A Bahia alcançou R$ 20,2 bilhões em investimentos desde 2023, com recursos próprios representando 74% do total. Apenas R$ 5,4 bilhões derivam de operações de crédito já liberadas. O Estado mantém trajetória de redução da dívida, hoje em 33% da receita, muito abaixo do limite federal de 200%. O equilíbrio fiscal permite ampliar obras estruturantes e sustentar programas em áreas essenciais, reforçando a capacidade de financiamento público.
Levantamento da Sefaz-Ba mostra que a Bahia investiu R$ 20,2 bilhões desde 2023, com recursos majoritariamente do caixa estadual. Secretário Manoel Vitório destaca equilíbrio fiscal e capacidade de endividamento controlado.

O Estado da Bahia alcançou, nesta segunda-feira (01/12/2025), R$ 20,2 bilhões em investimentos públicos desde janeiro de 2023, dos quais R$ 5,4 bilhões tiveram origem em operações de crédito já liberadas, o equivalente a 26% do total. A maior parte dos desembolsos deriva de recursos próprios do Tesouro estadual, segundo levantamento da Secretaria da Fazenda da Bahia (Sefaz-Ba). A atual gestão contratou 18 operações de crédito, mas apenas parte dos valores foi efetivamente liberada pelos bancos.

O ritmo de investimentos registrado pelo governo baiano consolidou um ciclo de expansão sustentado principalmente pela arrecadação própria e pelo equilíbrio das contas públicas. Embora 18 operações de crédito, totalizando R$ 9,01 bilhões, já tenham sido formalizadas desde o início da atual administração, somente R$ 5,4 bilhões foram liberados até o momento. Assim, cerca de R$ 3,7 bilhões ainda aguardam ingresso nos cofres estaduais, conforme os cronogramas definidos com cada instituição financeira.

Os empréstimos contratados destinam-se exclusivamente a novos investimentos ou à reestruturação da dívida pública, seguindo um processo que inclui autorização da Assembleia Legislativa, análise técnica do Tesouro Nacional e aprovação final dos bancos. Esse percurso, frequentemente longo, explica a defasagem entre a contratação e a efetiva liberação dos recursos.

O secretário da Fazenda, Manoel Vitório, enfatiza que o montante já desembolsado pelo Estado revela uma estrutura financeira sólida.

Quando o governador anuncia que investiu R$ 20 bilhões, a maior parte veio do Tesouro estadual, e isto evidencia a solidez das contas da Bahia”, afirmou.

O papel estratégico das operações de crédito

Apesar da predominância de recursos próprios, a contratação de empréstimos permanece essencial para a expansão do programa de obras. Segundo Vitório, os financiamentos têm como função reforçar ações estruturantes em áreas como saúde, segurança, educação e infraestrutura, estimulando a economia, ampliando empregos e renda, além de fortalecer a capacidade do Estado de atrair novos investimentos privados.

Esse equilíbrio entre recursos próprios e financiamento externo resultou na consolidação de um programa de investimentos distribuído por todo o território baiano, com impacto direto na modernização da infraestrutura estadual.

O governo destaca ainda que, graças ao histórico de bom pagador, a Bahia preserva acesso contínuo a novas operações de crédito, sempre dentro dos limites fiscais definidos em âmbito federal.

Equilíbrio fiscal sustenta expansão dos investimentos

A manutenção de contas equilibradas tem sido determinante para o desempenho financeiro do Estado. A relação entre dívida e receita, que estava em 37% no fim de 2024, caiu para 33% em 2025, mesmo com a contratação de novas operações de crédito. A Sefaz-Ba projeta que essa proporção continuará em trajetória de queda nos próximos dez anos, reforçando a estabilidade fiscal.

A comparação histórica demonstra a magnitude dessa evolução. Em 2002, a dívida representava 182% da receita, o maior patamar já registrado. A partir de 2010, sucessivas administrações promoveram ajustes que reduziram gradualmente esse indicador, estabelecendo o atual perfil de solvência do Estado.

Além disso, o limite máximo estabelecido pelo Senado Federal para a relação entre dívida e receita é de 200%, parâmetro que coloca a Bahia em posição amplamente segura. Estados como Rio de Janeiro (202%), Rio Grande do Sul (176%), Minas Gerais (150%) e São Paulo (121%) operam em níveis muito superiores.

Endividamento sob controle e previsibilidade fiscal

Segundo Manoel Vitório, o controle rigoroso sobre o pagamento das parcelas de amortização tem sido determinante para manter o endividamento em níveis reduzidos. Ele destaca que a dívida atual reflete compromissos assumidos ao longo de diversas gestões, e não apenas operações contraídas recentemente.

A previsibilidade fiscal obtida pela Bahia amplia a confiança de organismos financeiros e contribui para a continuidade de investimentos estratégicos, mantendo o Estado em posição de destaque no cenário nacional em termos de gestão responsável e capacidade de execução.

Predominância de recursos próprios

A Bahia apresenta um quadro de gestão fiscal que destoa positivamente do padrão observado em unidades federativas com grande peso econômico, mas elevado grau de endividamento. A predominância de recursos próprios indica uma máquina pública com capacidade de financiar projetos sem recorrer de forma excessiva a empréstimos — algo historicamente raro no país. Essa estratégia preserva autonomia e reduz vulnerabilidades, sobretudo em cenários de instabilidade nacional.

O fato de o Estado registrar trajetória consistente de redução da dívida mesmo com a expansão dos investimentos reforça a imagem de gestão prudente e tecnicamente estruturada. Contudo, a dependência de longos trâmites para liberação das operações de crédito ainda representa um desafio, podendo impactar a velocidade de execução das obras. A consolidação dessa política fiscal exigirá manutenção do mesmo padrão de rigor nas próximas administrações, para evitar retrocessos.

Investimentos Públicos

• Total investido desde 2023: R$ 20,2 bilhões
• Recursos de operações de crédito já liberados: R$ 5,4 bilhões
• Percentual financiado por recursos de crédito: 26%
• Percentual financiado por recursos próprios: 74%

Operações de Crédito

• Total de operações contratadas: 18 operações
• Valor total contratado: R$ 9,01 bilhões
• Valor ainda não liberado: R$ 3,7 bilhões
• Finalidade:
– Realização de novos investimentos
– Reestruturação da dívida pública
• Etapas obrigatórias:
– Autorização da Assembleia Legislativa
– Aval do Tesouro Nacional
– Liberação pelas instituições financeiras

Indicadores Fiscais da Bahia

• Relação dívida/receita em 2024: 37%
• Relação dívida/receita em 2025: 33%
• Projeção para próximos 10 anos: trajetória de queda
• Histórico:
– 2002: 182%
– Após 2010: queda contínua devido a reformas fiscais
• Limite máximo permitido pelo Senado: 200%

Comparação com Outros Estados

Relação dívida/receita (Siconfi – Tesouro Nacional):
Rio de Janeiro: 202%
Rio Grande do Sul: 176%
Minas Gerais: 150%
São Paulo: 121%
Bahia: 33%

Impactos e Finalidades dos Investimentos

• Expansão de obras estruturantes em saúde, segurança, educação e infraestrutura
• Estímulo à economia estadual
• Geração de empregos e renda
• Atração de novos investimentos privados
• Fortalecimento da modernização administrativa e financeira do Estado

Vista aérea do Colégio Estadual de Tempo Integral de Santa Inês, investimento realizado pelo Governo Jerônimo.
Vista aérea do Colégio Estadual de Tempo Integral de Santa Inês, investimento realizado pelo Governo Jerônimo.

Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe to get the latest posts sent to your email.

Facebook
Threads
WhatsApp
Twitter
LinkedIn

Deixe um comentário

Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading

Privacidade e Cookies: O Jornal Grande Bahia usa cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso deles. Para saber mais, inclusive sobre como controlar os cookies, consulte: Política de Cookies.