Deputado Rodrigo Bacellar solicita licença da ALERJ um dia após ser solto por decisão do STF

Deputado se afasta para tratar de assuntos particulares enquanto cumpre medidas restritivas impostas pela Corte.
Deputado se afasta para tratar de assuntos particulares enquanto cumpre medidas restritivas impostas pela Corte.

O deputado Rodrigo Bacellar (União Brasil) pediu licença do mandato na quarta-feira (10/12/2025), um dia após ser solto por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que determinou medidas cautelares. O parlamentar, afastado da presidência da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), justificou o afastamento para resolver questões pessoais.

O regimento interno da Alerj permite afastamento por até 120 dias sem necessidade de deliberação do plenário. No entanto, o deputado solicitou apenas 10 dias, período que antecede o início do recesso legislativo, previsto para começar em (19/12/2025). A Casa confirmou o recebimento do pedido e informou que o afastamento segue os trâmites regimentais.

A decisão de Bacellar ocorre no contexto de sua recente soltura. O ministro Alexandre de Moraes autorizou sua liberdade mediante o cumprimento de medidas restritivas, mantendo o parlamentar sob monitoramento enquanto avança a investigação sobre vazamento de dados sigilosos da Operação Zargun.

Medidas impostas pelo STF

Por determinação do STF, Rodrigo Bacellar utiliza tornozeleira eletrônica e está proibido de manter contato com outros investigados. Além disso, teve o passaporte retido e a licença de porte de arma suspensa. As restrições foram estabelecidas para assegurar o andamento das investigações conduzidas pela Polícia Federal.

O despacho que autorizou a soltura reforça que o cumprimento das medidas é indispensável para evitar interferências no processo. O ministro Moraes destacou ainda a necessidade de preservação de provas e a continuidade das apurações relacionadas aos supostos vazamentos.

Investigações da Operação Zargun

Bacellar foi preso preventivamente em (03/12/2025) durante a investigação que apura o vazamento de informações sigilosas da Operação Zargun, deflagrada em setembro. A operação resultou na prisão do então deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva (MDB), conhecido como TH Joias, suspeito de intermediar a venda de armas para o Comando Vermelho.

Segundo a Polícia Federal, interceptações telefônicas apontam que, em (02/09/2025), na véspera da operação, TH Joias ativou um novo número de celular e entrou em contato com Bacellar, a quem se referiu como “01”. A PF afirma que o deputado o teria orientado a remover objetos de sua residência para ocultar provas. Ambos também se comunicaram na manhã da operação, antes da decretação da prisão preventiva de TH Joias.

Próximos passos das apurações

A Polícia Federal segue analisando dados extraídos de celulares e documentos apreendidos. As investigações buscam identificar eventuais responsáveis pelo vazamento de informações protegidas por sigilo judicial e apurar envolvimento de agentes públicos. O STF deve acompanhar o cumprimento das medidas cautelares enquanto o caso permanece em andamento.

O gabinete de Bacellar não se pronunciou oficialmente sobre os conteúdos das investigações, limitando-se a confirmar o pedido de afastamento temporário apresentado à Alerj.

*Com informações da Agência Brasil.


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