O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, afirmou que o início dos testes do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) inaugura um novo capítulo na história do transporte público de Salvador. A avaliação foi apresentada em artigo publicado nesta sexta-feira (19/12/2025) no jornal A Tarde, no qual o chefe do Executivo estadual defende o novo modal como eixo estruturante para transformar a mobilidade urbana e elevar a qualidade de vida na capital baiana.
No texto, Jerônimo associa o avanço do projeto à retomada do planejamento de longo prazo no setor de infraestrutura, destacando que o VLT não se limita a uma obra pontual, mas integra uma estratégia mais ampla de reorganização do sistema de transporte coletivo, com foco na eficiência, na inclusão social e na sustentabilidade ambiental.
A avaliação ocorre no momento em que o governo estadual inicia a fase de testes do sistema, considerada essencial para ajustes operacionais antes da entrada em funcionamento pleno do novo modal, que promete alterar significativamente a dinâmica de deslocamentos em regiões historicamente impactadas por longos tempos de viagem e baixa oferta de transporte de qualidade.
Parceria com o Governo Federal viabilizou o projeto
No artigo, o governador enfatiza que a implantação do VLT só se tornou possível a partir da parceria entre o Governo da Bahia e o Governo Federal, por meio do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Segundo Jerônimo Rodrigues, a retomada do PAC permitiu destravar projetos estruturantes que haviam permanecido paralisados e recolocar investimentos públicos no centro da agenda de desenvolvimento urbano.
De acordo com o governador, a cooperação entre Estado e União foi decisiva para garantir recursos, segurança jurídica e previsibilidade administrativa, elementos considerados fundamentais para obras de grande porte e de impacto metropolitano. O texto destaca que o foco da iniciativa é atender, prioritariamente, a população que depende do transporte coletivo no dia a dia.
Jerônimo também associa o VLT a uma visão de política pública que prioriza serviços essenciais, ressaltando que a mobilidade urbana deve ser tratada como direito social, e não apenas como questão técnica ou de engenharia de tráfego.
Estrutura do VLT e integração com o metrô
Segundo informações apresentadas no artigo, o sistema do VLT contará com 40 quilômetros de trilhos e 42 estações, conectando regiões estratégicas de Salvador, como Comércio, Calçada, Subúrbio Ferroviário, Águas Claras, Cajazeiras e Piatã, com integração direta ao sistema metroviário da capital.
A proposta, afirma o governador, é criar uma rede de transporte mais fluida e interligada, reduzindo o tempo gasto nos deslocamentos diários e oferecendo maior previsibilidade aos usuários. A integração com o metrô é apontada como elemento central para ampliar o alcance do sistema e facilitar conexões entre diferentes áreas da cidade.
O governo estadual avalia que o VLT terá papel relevante na reorganização do eixo ferroviário do Subúrbio Ferroviário, região historicamente marcada por gargalos de mobilidade e carência de investimentos estruturantes.
Modal sustentável e impacto ambiental
Outro ponto destacado por Jerônimo Rodrigues é o caráter sustentável do VLT. Por se tratar de um sistema movido a energia elétrica, o novo modal contribui para a redução da poluição sonora e das emissões de gases de efeito estufa, alinhando-se às metas ambientais e aos compromissos climáticos assumidos pelo Brasil.
No artigo, o governador argumenta que a ampliação da oferta de transporte coletivo eficiente tende a reduzir o uso do transporte individual, com reflexos positivos sobre o trânsito, a qualidade do ar e a ocupação do espaço urbano. A sustentabilidade, segundo ele, deve ser compreendida como parte indissociável das políticas de mobilidade contemporâneas.
O VLT é apresentado como alternativa moderna aos modelos tradicionais baseados exclusivamente em ônibus, sobretudo em corredores de alta demanda, onde a capacidade e a regularidade do sistema ferroviário oferecem vantagens operacionais.
Intervenções urbanas e dimensão social da obra
Além da mobilidade, o governador chama atenção para os impactos urbanos complementares associados à implantação do VLT. O projeto inclui intervenções de macrodrenagem, contenção de encostas, recuperação de áreas históricas e requalificação de espaços públicos ao longo do traçado.
Um dos aspectos destacados no artigo é a previsão de um vagão exclusivo para marisqueiras, iniciativa que busca respeitar a dinâmica de trabalho dessas profissionais e garantir condições adequadas de deslocamento para quem depende diretamente das atividades ligadas ao litoral e às áreas de manguezal.
Segundo Jerônimo Rodrigues, esse conjunto de ações reforça o caráter social da obra, ao articular infraestrutura de transporte com políticas de inclusão, valorização do trabalho tradicional e requalificação urbana.
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